terça-feira, 12 de julho de 2011



Falta muito para Dilma tirar o avião do solo

“Segura na mão de Lula e vai”. Enquanto ela tiver Lula, ainda consegue seguir viagem


“Me engana que eu gosto”. Como o desgaste do governo Dilma já estava sendo notado, principalmente depois da demora para que a presidente tivesse coragem para “defenestrar” o Antonio Palocci, desta vez foram apenas quatro dias entre a denúncia do escândalo e a demissão do ministro Alfredo Nascimento.
Se desta vez não chegou a um mês inteirinho como no caso Palocci, já tem gente dizendo que a Dilma agora já está em “voo solo”, mas pelo que se sabe não é bem assim.

Tudo bem que o demitido da vez também era parceiro de Lula, mas isso não quer dizer que Dilma tomou a decisão sozinha. Como o episódio da escolha do sucessor chegou a ser um duro embate entre a presidente Dilma Rousseff e o PR, que é o "dono" do Ministério dos Transportes, todos dizem que Lula está descartado.

Dizem alguns cientistas políticos, de que algo se move na definição, ou redefinição, do governo Dilma. Apesar do delicado momento e dos obstáculos práticos que enfrenta, ela parece abrir espaços e criar condições para montar, com seis meses na Presidência, um governo com sua cara. Dizem que ela se afasta do lulismo e, enfim, está estruturando à sua imagem, semelhança e temperamento.
Mas eu duvido que isso esteja acontecendo, tanto é que no Rio de Janeiro, Dilma falou a todos, "vou ali e volto já" e só depois de uma reunião secreta com Lula em uma sala reservada da Base Aérea do Galeão e que durou cinco horas, ela voltou ao encontro daqueles que à esperavam para voltar a Brasília.
Dilma está muito longe de tirar o brevê. Quem nasce para co-piloto, nunca chega a comandante.

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