Desvios no MT já é coisa antiga

Gerson Tavares

Está aí um escândalo que vai dar “panos para manga”. Estou falando do atual e sempre atual escândalo do Ministério dos Transportes. Em menos de um mês caiu o ministro Alfredo Nascimento e mais uns vinte “ladrões” como ele, que estavam limpando os cofres do governo.

Mas o que ninguém imaginava era que já a algum tem tempo a Polícia Federal vinha investigando a “quadrilha”. Hoje já são mais de sessenta inquéritos que estão abertos para apura desvios de verbas que seriam para obras rodoviárias que “deveriam” ser executadas pelo Dnit.

Estas investigações da PF são concentradas em dirigentes estaduais, mas em quase todas foram encontradas “digitais” de ex-dirigentes nacionais. Ex porque foram afastados nesses últimos dias e é aí eu foco pensando: “Será que eles estão sendo afastados agora para que a ‘merda’ não respingue no governo”?

Sim, porque se de uma hora para outra a Dilma passou a tomar essa atitude é porque ela sabe que a coisa pode chegar nela. A não ser que não seja a Dilma que esteja governando o país e então não tenha a menor responsabilidade pelos desmandos do “desgoverno” que impera em Brasília.

A coisa é tão grandiosa nessa roubalheira que a Corregedoria-Geral da Polícia Federal resolveu não abrir inquéritos específicos para apurar as novas denúncias. No entendimento da PF todas as acusações que estão acontecendo nessa devassa, já estão sendo apuradas nos inquéritos em curso em “todas” as superintendências.

E para não me alongar muito em um assunto tão sujo, vou colocar fim nessa história, “jogando bosta na Gení”. Se existe um “bandido” que já deveria estar nas grades sem direito a habeas-corpus esse é o deputado do PR, Waldemar da Costa Neto, um salafrário de renome.
Esse “safardana” só faz indicações para cargos que coloque a chave do cofre em suas mãos. Ele sempre mira na área financeira e sempre sai cheio da grana em cada escândalo e continua aí, roubando e rindo da gente.

É ele o operador político que negocia as posições do partido no Executivo e hábil em fazer “mutreta", com trânsito livre pelos bastidores do governo, ele sempre articula e posiciona as pessoas de nodo que com suas manobras atinja o seu objetivo e neste escândalo do MT ele colocou um dos seus homens na Diretoria Administrativa e Financeira da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. e também na do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), exatamente aonde o dinheiro chega e some sem que alguém veja para onde.

Como não poderia deixar de ser, vou parodiar mais uma vez o meu amigo Boris Casoy: “Isso é uma vergonha”!