sexta-feira, 29 de julho de 2011

Cifras dividem a briga pelo poder na Valec e no Dnit


Não foi à toa que Pagot demorou a sair


Foi preciso que um grande escândalo “pintasse na área” para que todos ficassem sabendo até onde vai à ganância dos políticos. Descobrimos que existe uma grande briga pelos postos de poder na Valec e no Dnit e tudo porque a “ocupação política” destas duas “jóias” do Ministério dos Transportes é a grande cartada no jogo partidário e eleitoral.

São esses dois órgãos que detêm os contratos milionários de grandes obras ferroviárias e rodoviarias. A Valec é sempre útil na operação política dos partidos, pois é com esses dividendos que eles garantem o financiamento da legenda e fazem caixa para as próximas eleições. Já o Dnit, que tem suas obras rodoviárias de cifras mais modestas, torna-se instrumento na operação da política municipalista.

Segundo um dos “dignos” representantes do PR, o partido que vem comandando esses dois órgãos já por algum tempo, mesmo com a Valec valendo mais no “cambio criminoso”, nove em cada dez deputados nem tomam conhecimento do nome do presidente da Valec, enquanto dez entre dez parlamentares do partido sabem quem comanda o Dnit.

Tudo porque além de grandes estradas federais, o Dnit faz obras simples, como restaurações de passarelas, reparos em estradas, contornos rodoviários. Assim eles têm um maior contato com a base eleitoral e as obras são mais baratas e, portanto, acessíveis não só à cúpula dirigente, mas também ao chamado baixo clero das bancadas no Congresso.

E muitos dizem na maior tranquilidade que não se pode esquecer que um número grande de obras baratas dão um dividendo bem maior que uma obra grande.

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