E o roubo continua

Gerson Tavares

Mal um novo ministro assumiu o Ministério dos Transportes e já pintou sujeira, roubalheira, falcatrua ou outro qualquer nome que você queira dar aos trambiques tão conhecidos da Pasta. Sendo assim, o novo ministro, o Paulo Sérgio Passos, decidiu na sexta-feira passada, afastar José Henrique Sadok de Sá, diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit).

Por enquanto será um afastamento provisório, mas pelo jeito, o Sadok, que estava respondendo interinamente, também pela diretoria-geral do órgão, no lugar de Luiz Antônio Pagot, não terá muita saída para o novo escândalo.

Como sempre o afastamento do Sadok acontece depois que o jornal ''Estado de São Paulo'' publicou que uma construtora, que “por acaso”, é da mulher do Sadok, teria faturado R$ 18 milhões para fazer obras em rodovias federais entre 2006 e 2011, e como sempre acontece, vinculadas a convênios com o órgão.

Com este fato pegando o Paulo Passos de surpresa, ele não teve outra atitude a tomar a não ser a de afastar o “cara” e também instituir uma comissão de processo administrativo disciplinar para apurar os fatos.

Mas vejam como é a coisa nesse governo, sim, porque o Sadok estava mandando mesmo. Ele que já mandava como diretor-executivo, passou a acumular o cargo de diretor-geral do Dnit porque o titular, Luiz Antonio Pagot, já que este está oficialmente em férias, embora muitos digam que ele vai ficar de quarentena para voltar em outra área quando a “onda” passar.

Eu só sei que o Paulo Passos vai ter muita coisa para arrumar, tanto é que um tal de Frederico Augusto de Oliveira Dias também foi afastado do Dnit por Paulo Sérgio Passos. Só que ele foi afastado mesmo sem ser servidor, pois é um simples "assecla" do Waldemar da Costa Neto, o “dono” do PR e assim sendo, também “dono” do Ministério dos Transportes. Esse Frederico Dias, ou Fred para os mais íntimos, atuaria como assessor da Diretoria-Geral em reuniões com prefeitos e autoridades, apesar de nunca ter sido nomeado pelo governo.

Realmente este governo é a “casa da mãe Joana”.