VIADAGEM

NÃO COMBINA COM GAY

Gerson Tavares

 

A Avenida Paulista, centro nervoso e financeiro da cidade de São Paulo, serviu mais uma vez para reunir a turma gay. E foi em um domingo de sol,  durante a Parada Gay, que a “bicharada” mostrou que quase em sua totalidade não está preparada para liderar um movimento sério.

Mesmo que alguns tenham aproveitado a oportunidade para recomendarem o uso do preservativo para as relações homossexuais, em quase todo o percurso e tempo da marcha, a maioria só queria desmoralizar todo e qualquer movimento que não fosse o deles, a "libertinagem".

Eles teimaram em usar das imagens da Igreja Católica no intuito de ofender os próprios santos e os sentimentos religiosos do povo.   Em declarações ao jornal “O Estado de São Paulo”, o arcebispo de São Paulo, cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, classificou como uma manifestação “infeliz, debochada e desrespeitosa” os cartazes com imagens de santos católicos ao longo da Avenida Paulista.

O “Estadão” teve o trabalho de contar que em 170 cartazes distribuídos em postes por todo o trajeto, 12 modelos masculinos, representando ícones como São Sebastião e São João Batista, apareciam seminus ao lado das mensagens: “Nem Santo Te Protege” e “Use Camisinha”.

E foi diante deste fato que o cardeal Scherer afirmou que “a associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito”. E voltou a frisar: “Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem que respeitar”. E realmente, quem não respeita o próprio corpo, como e quando poderá respeitar outro ser, uma religião, um conceito?

“Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”. Está deve ser a frase mais conhecida dita por Jesus para mostrar que é digno aquele que ama sem pedir nada em troca. “E o uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus”. Foram palavras do cardeal Scherer, mostrando assim que aqueles que ali estavam nada sabiam de suas propostas e não passavam de pessoas que só têm cabeça para separar as orelhas. Aliás, "enormes orelhas".

E o desfile aconteceu em meio ao caos que foi gerado por arrastões, denúncias de roubos e participantes gays apreendidos com drogas. Claro que entre esses, estavam os traficantes e os usuários, sendo que em alguns casos, “usuários traficantes”, que são aqueles que além de usarem a droga ainda trataram de faturar uma “grana extra” durante aquela trágica Parada Gay.