quarta-feira, 3 de junho de 2015

NÃO DÁ PARA SER “FIEL” II

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Como falei ontem, o trocadilho veio porque não poderia perder a oportunidade. Com os contratos de Financiamento Estudantil, o tal de “Fies”, em 2015, o governo federal gastou, até maio R$ 2,5 bilhões a menos do que no mesmo período de 2014.

Então, olhando que em 2013 e 2014, o repasse nesses primeiros meses ficou em torno de 45% do total gasto no ano, o gasto em 2015 representa 27% do orçamento previsto no ano, que é de R$ 13 bilhões. O Fies consumiu R$ 13,7 bilhões no ano passado, quando não havia os 252 mil contratos firmados neste ano.

Na esteira do ajuste fiscal do governo, o Ministério da Educação fez uma série de alterações no Fies para frear os gastos. Uma delas foi o adiamento de um terço do que deveria ser pago à empresas com mais de 20 mil contratos. Esses grupos centralizam mais da metade dos alunos do ensino privado. Uma portaria publicada em dezembro definiu que o governo só honraria 8 das 12 parcelas previstas para o ano. Isso, assim, na maior "cara de pau".

O setor calcula que os valores adiados somem R$ 3 bilhões no ano. Até agora, não há previsão para acertar essa conta e as empresas já temem calote. Para Mansueto Almeida, os adiamentos são uma "forma artificial" de reduzir o custo do programa. "O MEC está jogando parte do custo de um ano para outro."

Entre as empresas, o maior receio é a indefinição oficial das condições para acertar a dívida. "Não temos nada formalizado, sem datas e sem saber se haverá correção desses valores no futuro". Foi assim que Sólon Caldas, diretor executivo da Associação Brasileiras das Mantenedoras do Ensino Superior se manifestou.

Claro que nisso tudo, muitos governantes que estão “metendo a mão”. E o povo “Ó”.


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