sexta-feira, 5 de junho de 2015

JANOT PEDE "REFLEXÃO"
 




Não sei se a “reflexão” a qual Janot se refere nesse caso é apenas um modo de pedir clemência para sua “chefa” e que ele defende de unhas e dentes. Vejam que em uma semana em que o Congresso começava a discussão de pontos da reforma política, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, fez um apelo para que mudanças no sistema político sejam feitas mediante "reflexão". Disse Janot que se faz necessária uma cautela para não promover alterações no sistema eleitoral que prejudiquem a vontade da sociedade.

Disse ele: "Alterar procedimentos e sistemas eleitorais sem reflexão pode facilmente conduzir a um falseamento da vontade popular a partir de regras que provoquem impermeabilidade da representação política". Essa fala aconteceu durante evento no Tribunal Superior Eleitoral, enquanto Janot dividia bancada de autoridades com os presidentes do Senado, Renan Calheiros e da Câmara, Eduardo Cunha, dois daqueles "safardanas" que fazem parte do PMDB e que, lógico, não são "companhias recomendáveis".

Segundo Janot o procedimento eleitoral precisa ser "eficiente, correto, crível e dirigido a garantir a liberdade e a igualdade do voto". E Janot lembrou a decisão do Supremo Tribunal Federal que afastou a aplicação da fidelidade partidária a cargos majoritários. Pela decisão do Supremo, senadores, governadores e presidente da República não perdem o mandato no caso de mudarem de partido.

Até aí nada demais, pois sendo o mandato do partido ou do “safardana” que abocanhou a cadeira, no fim de tudo o usurpado foi o povo que, aliás, é o verdadeiro dono do voto.

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