sexta-feira, 12 de junho de 2015

JUSTIÇA INJUSTA

Gerson Tavares
 







Instituição honesta no Brasil é coisa do passado. Começando pelos políticos, tanto do executivo como legislativo, são “quase” todos, isso para não pensarem que sou radical, “bandidos”. Estou falando na política nos três níveis de governo, federal, estadual e municipal. Basta ver que a Dilma já está tirando o “time de campo”, deixando praticamente o Michel Temer responder por tudo que acontece ou deve acontecer lá pelas bandas do Planalto como "primeiro ministro". Este foi o meio que a Dilma encontrou para "tirar o rabo da seringa".

Assim sendo, na política estamos falidos e ainda tem gente que diz não acreditar, mas a verdade é que eles estão metendo a “mão no cofre” sem a menor vergonha.

Então pensei que a Justiça, a terceira força de um país, seria o único exemplo bom dos homens públicos que o povo teria para se guiar. Mas tudo não passou de uma “amarga ilusão”. Vejam a minha grande decepção quando, depois de outros casos degradantes que alguns juízes teimavam em fazer, veio agora um fato que mostra que a Justiça está tão atolada na “merda” quando a política.

O desembargador Siro Darlan foi afastado do cargo de coordenador das comissões de adoção internacional e articulação das varas da infância e juventude depois de criticar o auxílio-educação para os filhos dos juízes e servidores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Claro que como quem manda está se aproveitando dessa “vergonha”, aquela critica rendeu ao desembargador um "pé na bunda". O pedido de dispensa foi uma decisão do presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, sendo que Darlan estava no cargo havia quatro meses.

Foi em uma carta enviada à Darlan, que Carvalho resolveu dizer que decidiu dispensá-lo das funções por causa da “conduta reveladora de incompatibilidade de sua parte com a orientação, pensamento e filosofia de trabalho da administração, esta última baseada na uniformidade do sentido de suas ações, na coesão e harmonia de esforços e, ainda, na intrínseca lealdade que, inafastavelmente, deve nortear sua coerência”. Isso tudo foi dito só porque o Siro Darlan chamou o benefício concedido a filhos de juízes de "exclusivista".

Mas o Carvalho e do “carvalho” e não poderia perdoar a carta aberta divulgada por Darlan, na qual critica o projeto de lei que TJ enviou à Assembleia Legislativa do Rio para instituir o auxílio-educação para os filhos dos juízes e servidores do Judiciário fluminense. E como político é sempre conivente com o que não presta, o projeto foi aprovado no dia 26 de maio. Pelo texto, servidores e juízes com até três filhos, em idade entre 8 e 24 anos, receberão R$ 2.860,41 por mês para pagar as despesas escolares.

E na carta o Darlan chamou o benefício de exclusivista e disse que a “população não tem nenhuma obrigação de custear a educação dos filhos dos magistrados e dos servidores do Tribunal de Justiça”.

Claro que o presidente do TJ-RJ não gostou nada da crítica. “A Presidência não pode acolher comportamento estanque ou autárquico de qualquer de seus segmentos. A mensagem publicizada em seu Facebook de 17 de maio último claramente assinala posição contrária à da administração”. Foi assim que o Carvalho, nesse documento enviado à Darlan, estava querendo mostrar que o povo que de dane.

E assim sendo, na casa do “carvalho” quem manda é ele e o resto não passa de “vaquinha de presépio”. Como o Darlan não topou ser figurante, foi mandado para o "banco dos reservas".

Isso só prova que para ser titular no time do Carvalho tem que ser desonesto para com o povo.

É ou não é "do carvalho"?


Nenhum comentário: