JUSTIÇA INJUSTA
Gerson Tavares
Instituição honesta
no Brasil é coisa do passado. Começando pelos políticos, tanto do executivo
como legislativo, são “quase” todos, isso para não pensarem que sou radical, “bandidos”.
Estou falando na política nos três níveis de governo, federal, estadual e
municipal. Basta ver que a Dilma já está tirando o “time de campo”, deixando
praticamente o Michel Temer responder por tudo que acontece ou deve acontecer
lá pelas bandas do Planalto como "primeiro ministro". Este foi o meio que a Dilma encontrou para "tirar o rabo da seringa".
Assim sendo,
na política estamos falidos e ainda tem gente que diz não acreditar, mas a
verdade é que eles estão metendo a “mão no cofre” sem a menor vergonha.
Então pensei
que a Justiça, a terceira força de um país, seria o único exemplo bom dos
homens públicos que o povo teria para se guiar. Mas tudo não passou de uma “amarga
ilusão”. Vejam a minha grande decepção quando, depois de outros casos
degradantes que alguns juízes teimavam em fazer, veio agora um fato que mostra
que a Justiça está tão atolada na “merda” quando a política.
O desembargador
Siro Darlan foi afastado do cargo de coordenador das comissões de adoção
internacional e articulação das varas da infância e juventude depois de
criticar o auxílio-educação para os filhos dos juízes e servidores do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro. Claro que como quem manda está se aproveitando
dessa “vergonha”, aquela critica rendeu ao desembargador um "pé na bunda".
O pedido de dispensa foi uma decisão do presidente do TJ-RJ, desembargador Luiz
Fernando Ribeiro de Carvalho, sendo que Darlan estava no cargo havia quatro
meses.
Foi em uma
carta enviada à Darlan, que Carvalho resolveu dizer que decidiu dispensá-lo das
funções por causa da “conduta reveladora de incompatibilidade de sua parte com
a orientação, pensamento e filosofia de trabalho da administração, esta última
baseada na uniformidade do sentido de suas ações, na coesão e harmonia de
esforços e, ainda, na intrínseca lealdade que, inafastavelmente, deve nortear
sua coerência”. Isso tudo foi dito só porque o Siro Darlan chamou o benefício
concedido a filhos de juízes de "exclusivista".
Mas o Carvalho
e do “carvalho” e não poderia perdoar a carta aberta divulgada por Darlan, na
qual critica o projeto de lei que TJ enviou à Assembleia Legislativa do Rio
para instituir o auxílio-educação para os filhos dos juízes e servidores do
Judiciário fluminense. E como político é sempre conivente com o que não presta,
o projeto foi aprovado no dia 26 de maio. Pelo texto, servidores e juízes com
até três filhos, em idade entre 8 e 24 anos, receberão R$ 2.860,41 por mês para
pagar as despesas escolares.
E na carta o
Darlan chamou o benefício de exclusivista e disse que a “população não tem
nenhuma obrigação de custear a educação dos filhos dos magistrados e dos
servidores do Tribunal de Justiça”.
Claro que o
presidente do TJ-RJ não gostou nada da crítica. “A Presidência não pode acolher
comportamento estanque ou autárquico de qualquer de seus segmentos. A mensagem
publicizada em seu Facebook de 17 de maio último claramente assinala posição
contrária à da administração”. Foi assim que o Carvalho, nesse documento
enviado à Darlan, estava querendo mostrar que o povo que de dane.
E assim
sendo, na casa do “carvalho” quem manda é ele e o resto não passa de “vaquinha
de presépio”. Como o Darlan não topou ser figurante, foi mandado para o "banco dos reservas".
Isso só prova que para ser titular no time do Carvalho tem que ser desonesto para com o povo.
É ou não é "do carvalho"?
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