LEI QUE PROÍBE PORTE DE
ARMAS BRANCAS
É APROVADA NA ALERJ
Gerson Tavares
A Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou o projeto de lei que proíbe o
porte de armas brancas no Estado. De acordo com o texto, fica proibido o porte
de objetos cortantes como facas, canivetes e estiletes com lâmina maior que dez
centímetros.
O texto
permite que a polícia apreenda o objeto e encaminhe à delegacia a pessoa que
estiver com ele, sem justificativa, mesmo que não haja agressão. A multa para o
portador varia de R$ 2.400 a R$ 24 mil e o projeto prevê que os menores de
idades sejam apresentados a um juiz.
O projeto
também diferencia o porte de facas do transporte delas, para que o cidadão que
tiver uma faca de churrasco na mochila não seja penalizado. “Não pode [levar
uma faca] ao alcance da mão para utilizar como uma arma ofensiva". Assim
diz Geraldo Pudim, do PR, autor da lei.
Pessoas que
usam facas para trabalho, como chefes de cozinha, não serão prejudicadas pela
lei, uma vez que se enquadrarão no termo "transporte", e não porte.
Os objetos que estiverem guardados em mochilas, sacolas ou embalagens e com
nota fiscal não serão confiscados.
"Quem
estiver transportando para o seu local de trabalho, como um restaurante, em uma
mochila, é permitido. É diferente de uma pessoa que está andando na Avenida Rio
Branco com uma peixeira na cintura. Não pode ao alcance da mão para utilizar
como uma arma ofensiva", explicou mais uma vez o deputado Geraldo Pudim. E eu pergunto: "por que só na Avenida Rio Branco? Sei não, mas usaram leite azedo nesse "Pudim".
Mas as
punições é que me deixam preocupado. O deputado explicou ainda que a sanção é
apenas administrativa. Segundo Pudim, a Alerj nem poderia aplicar uma punição
penal, como prisão ou detenção, já que a Constituição prevê que isto é
competência da Câmara dos Deputados. Pelo texto, que prevê a apreensão dos
objetos e multa aos portadores, passa a ser crime somente o porte. E mais uma vez o
deputado Geraldo Pudim tenta explicar que a Alerj não está criando um novo tipo
de crime. E assim, mais uma vez eu tento entender, mas encontro dificuldade paea que a lei possa ser executada. Só esse fato, deixa clara a intenção de uma nova modalidade de faturar uma grana que ao final acabará
sendo dividida pelas contas bancárias dos políticos.
E na verdade,
eu descobri que como eles não podem aplicar punição penal, então fingem que
estão dando um fim aos crimes com armas brancas e passam a tomar dinheiro
daqueles que muitas vezes nada têm com os crimes, mas que vão desembolsar de R$
2.400 até R$ 24.000.
Claro que
eles nunca irão perder a oportunidade de assaltarem ao seu modo, o bolso do
povão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário