JUIZ DENUNCIADO POR
FALSIDADE IDEOLÓGICA
Gerson Tavares
Ontem falei
de um caso da China que deu em cadeia, mas dessa vez parece que a “coisa pegou”, mesmo acontecendo por aqui pela “terra tupiniquim” em que vivemos. E foi com
aquele juiz “safardana” do caso Eike Batista, que se achava “o Deus e estava
acima do bem e do mal", o Flávio Roberto de Souza, que, após ter sido afastado
da 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e do julgamento do empresário
Eike Batista, foi agora também denunciado à Justiça pela Procuradoria Regional
da República da 2ª Região. O Ministério Público Federal está acusando o “juiz
federal” de cometer peculato, que é o desvio de bens públicos por servidor,
praticar falsidade ideológica e extraviar e inutilizar documentos em atos
processuais que estariam vinculados à “Operação Monte Perdido”. Aliás, nesse
caso do Flavio Roberto não deveria nunca ser “Operação Monte Perdido” e sim “Operação
Caso Perdido”. Mas como a coisa não deverá parar por aí, o próximo passo é o
tribunal decidir se recebe a denúncia e abre processo penal.
Na Operação
Monte Perdido, deflagrada em junho de 2013, o traficante de drogas espanhol
Oliver Ortiz de Zarate Martin, que atuava na América do Sul, Oceania e Europa,
foi preso. Os procuradores regionais Flávio Paixão e José Augusto Vagos
relatam, com base nos dois inquéritos, tanto judicial como o policial, que o
magistrado cometeu falsidade ideológica ao proferir decisões que lhe permitiram
desviar recursos públicos em duas situações ligadas à Operação Monte Perdido.
Diz o MPF que
no primeiro, Flávio desviou R$ 290,5 mil depositados na Caixa à disposição da
Justiça, sendo que parte desse montante ele usou na compra de um veículo Land
Rover Discovery. Já no segundo ele cometeu peculato e falsidade ideológica ao "meter
a mão", isso em 5 de fevereiro, em US$ 105,6 mil e 108,1 mil euros. Dessa “grana”,
parte serviu para a aquisição de um apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste
do Rio de Janeiro.
E esta
descoberta aconteceu quase que por acaso, pois foi quando o juiz substituto da
3ª Vara Federal Criminal realizava um levantamento sobre “bens
acautelados" que o roubo veio à tona. Foi exatamente nessa ocasião que foi
constatado que o cofre encontrava-se vazio.
Para piorar a
situação do “safardana”, a PRR2 ainda o acusa de crime de extravio e
inutilização de documentos. Flávio teria destruído, em janeiro, os autos do
processo sobre a alienação antecipada de bens relativos à Operação Monte
Perdido.
Realmente esse juiz é um “Caso Perdido”. Só espero que não pare por aqui esse posicionamento. Bandido tem que ir para a cadeia.
Realmente esse juiz é um “Caso Perdido”. Só espero que não pare por aqui esse posicionamento. Bandido tem que ir para a cadeia.
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