DILMA MEDE PRESTÍGIO

DANDO VERBA 

A votação prioritária para o governo envolve a MP dos benefícios trabalhistas, mas tudo isso só acontece porque a Dilma se viu precionada e diante da reação de centrais sindicais e de parlamentares. O governo teve de ceder mais, no parecer do senador Paulo Rocha, do PT do Pará, sob pena de ser derrotado. Mas como as “negociatas” estão sempre acontecendo, só com as alterações no seguro-desemprego, o governo esperava economizar R$ 9 bilhões, só que esse valor já caiu para R$ 7 bilhões.

Outra proposta que requer atenção do governo é a que trata do indexador das dívidas de estados e municípios. A base vai cumprir o acordo com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e adiar para 2016 a entrada em vigor do novo fator de correção, mais favorável aos entes federados.

Só que o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB alagoano, que está em atrito com o Planalto, está incentivando a inclusão no texto relatado pela senadora Marta Suplicy, saída do PT paulista, de uma proposta do tucano José Serra que permite a estados e municípios sacarem R$ 21,1 bilhões alocados em depósitos judiciais. Claro que Renan tem interesses em jogo, já que essa verba pode beneficiar governos como o de Alagoas, sua terra natal.

É uma jogada, claro! Mas também, o que esperar do Renan?