DILMA QUER MAIS
É LIBERTINAGEM
Gerson Tavares
Quem ainda está
assistindo tudo o quem vem acontecendo com os “condenados” do processo do “mensalão”
e ainda agora com os acusados pelos assaltos aos cofres da Petrobras, sabe
muito bem que a Dilma Rousseff e todos os governantes ligados ao PT nesses 12
últimos anos são contra punição a qualquer “bandido”, tenha ele a idade que
tiver. Claro e principalmente, contra punições aos “aliados” da quadrilha que se apossou do
Brasil.
Mas como as
coisas acontecem sempre para ajudar aos apelos de impunidade, Dilma Rousseff
resolveu se manifestar sobre a polêmica em torno da redução da maioridade penal que passou a ser discutida no Congresso. E como já era esperado por
todos, a postura da presidente petista é contrária à proposta que reduz de 18
para 16 a idade mínima pela responsabilização criminal. Mas votar pode.
E Dilma, que não
perde a oportunidade para apelar, então falou: “Não é a solução: os
adolescentes não são responsáveis por grande parte da violência praticada no
país. Os atos infracionais cometidos por eles não chegam a 10% do total dos
crimes praticados no Brasil há décadas”. Essa foi uma postagem feita na página
oficial da Dilma no Facebook. Entendi bem o recado da “presidente”, já que ela
está sempre ao lado daqueles que fazem baderna na hora que ela precisa, assim
como ela fazia no passado. Mas será que todos os “bandidos dimenor” não chegam
mesmo aos 10% dos “bandidos” ou não chegam aos 10%, aqueles que são apreendidos?
Sim, porque poucos são os crimes praticados por eles e que são solucionados. Quantos
crimes acontecem e nunca sabemos o que verdadeiramente aconteceu e ainda
outros, quando solucionados, os “dimenor” já são adultos e assim não são
apenados. E outra: “dimenor” é sempre “ficha limpa”.
Mas voltando
a manifestação da Dilma, a decisão de “falar” não foi tomada só por Dilma, pois
ainda no dia 30 de março, ela se reuniu com “seu conselho político” para
discutir a possibilidade. Os ministros Jaques Wagner, da Defesa (?), José
Eduardo Cardozo, da Justiça (?), Eliseu Padilha, da Aviação Civil (?) e o Edinho
Silva, que é o secretario de Comunicação Social, se colocaram favor do
posicionamento contrário. Da patota só o vice-presidente Michel Temer, que é do
PMDB e agora é praticamente o "primeiro ministro", defendeu que o Planalto se mantivesse neutro devido à polêmica em torno
do assunto. Afinal, ele sabe que todos têm “telhado de vidro” e assim é bem
melhor deixar para lá o assunto que envolve “coisas de bandidagem”.
Agora quem
está escalado para dar continuidade ao posicionamento da Dilma é o José Eduardo.
Dilma vai usar Cardozo para seguir se manifestando daqui para frente e ele até já
está frequentado um “centro de macumba” para que tudo pareça natural.
Isso está
acontecendo porque a postagem no Facebook contou com diversos números que foram
providenciados pelo Ministério da Justiça. Então sobrou para o “chefe
justiceiro”, que agora deverá ser crucial em pronunciamentos públicos sobre o
tema. Quer dizer que o Cardozo vai servir como porta-voz da presidência neste
assunto.
Essa “revolução”
toda que acontece no Planalto é pelo fato de que o projeto de redução é uma Proposta
de Emenda Constitucional e, por isso, não pode ser vetada por Dilma em caso de
promulgação no Congresso. E como dentro da Câmara o projeto é apoiado por seu
presidente, Eduardo Cunha, do PMDB carioca e um sério desafeto do governo, a
probabilidade é que ele seja votado e aprovado pela Casa até junho e, então,
encaminhado para o Senado.
Quanto ao
Senado, tudo é possível. Só depende do valor negociado.
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