sexta-feira, 17 de abril de 2015

DILMA QUER MAIS
É LIBERTINAGEM

Gerson Tavares
 






Quem ainda está assistindo tudo o quem vem acontecendo com os “condenados” do processo do “mensalão” e ainda agora com os acusados pelos assaltos aos cofres da Petrobras, sabe muito bem que a Dilma Rousseff e todos os governantes ligados ao PT nesses 12 últimos anos são contra punição a qualquer “bandido”, tenha ele a idade que tiver. Claro e principalmente, contra punições aos “aliados” da quadrilha que se apossou do Brasil.

Mas como as coisas acontecem sempre para ajudar aos apelos de impunidade, Dilma Rousseff resolveu se manifestar sobre a polêmica em torno da redução da maioridade penal que passou a ser discutida no Congresso. E como já era esperado por todos, a postura da presidente petista é contrária à proposta que reduz de 18 para 16 a idade mínima pela responsabilização criminal. Mas votar pode.

E Dilma, que não perde a oportunidade para apelar, então falou: “Não é a solução: os adolescentes não são responsáveis por grande parte da violência praticada no país. Os atos infracionais cometidos por eles não chegam a 10% do total dos crimes praticados no Brasil há décadas”. Essa foi uma postagem feita na página oficial da Dilma no Facebook. Entendi bem o recado da “presidente”, já que ela está sempre ao lado daqueles que fazem baderna na hora que ela precisa, assim como ela fazia no passado. Mas será que todos os “bandidos dimenor” não chegam mesmo aos 10% dos “bandidos” ou não chegam aos 10%, aqueles que são apreendidos? Sim, porque poucos são os crimes praticados por eles e que são solucionados. Quantos crimes acontecem e nunca sabemos o que verdadeiramente aconteceu e ainda outros, quando solucionados, os “dimenor” já são adultos e assim não são apenados. E outra: “dimenor” é sempre “ficha limpa”.

Mas voltando a manifestação da Dilma, a decisão de “falar” não foi tomada só por Dilma, pois ainda no dia 30 de março, ela se reuniu com “seu conselho político” para discutir a possibilidade. Os ministros Jaques Wagner, da Defesa (?), José Eduardo Cardozo, da Justiça (?), Eliseu Padilha, da Aviação Civil (?) e o Edinho Silva, que é o secretario de Comunicação Social, se colocaram favor do posicionamento contrário. Da patota só o vice-presidente Michel Temer, que é do PMDB e agora é praticamente o "primeiro ministro", defendeu que o Planalto se mantivesse neutro devido à polêmica em torno do assunto. Afinal, ele sabe que todos têm “telhado de vidro” e assim é bem melhor deixar para lá o assunto que envolve “coisas de bandidagem”.

Agora quem está escalado para dar continuidade ao posicionamento da Dilma é o José Eduardo. Dilma vai usar Cardozo para seguir se manifestando daqui para frente e ele até já está frequentado um “centro de macumba” para que tudo pareça natural.

Isso está acontecendo porque a postagem no Facebook contou com diversos números que foram providenciados pelo Ministério da Justiça. Então sobrou para o “chefe justiceiro”, que agora deverá ser crucial em pronunciamentos públicos sobre o tema. Quer dizer que o Cardozo vai servir como porta-voz da presidência neste assunto.

Essa “revolução” toda que acontece no Planalto é pelo fato de que o projeto de redução é uma Proposta de Emenda Constitucional e, por isso, não pode ser vetada por Dilma em caso de promulgação no Congresso. E como dentro da Câmara o projeto é apoiado por seu presidente, Eduardo Cunha, do PMDB carioca e um sério desafeto do governo, a probabilidade é que ele seja votado e aprovado pela Casa até junho e, então, encaminhado para o Senado.

Quanto ao Senado, tudo é possível. Só depende do valor negociado.

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