CHINESES TRABALHAM EM
REGIME DE ESCRAVIDÃO
Gerson Tavares
Até parece
que “descobriram a pólvora”. Quando ouvi dizer que a Superintendência Regional
do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro resgatou dois trabalhadores chineses
que viviam em regime de trabalho análogo à escravidão em uma pastelaria da Rua
Camerino, no centro da capital fluminense, não vi ali a menor novidade.
Mas como tudo
precisa de estardalhaço, o resgate que foi resultado da Operação Yulin, feita
por fiscais do Trabalho e do Procon-Rio em pastelarias do Rio, de Nova Iguaçu,
Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, com o objetivo de
combater o trabalho escravo urbano e o tráfico de pessoas, além de verificar a
procedência da carne servida aos consumidores, senti ali um meio de desviar a atenção de outros fatos que poderiam estar acontecendo. Mas em relação ao tráfico de pessoas, será que esse tráfico não
começa na entrada nos aeroportos, nos portos e fronteiras brasileiras? É por ali
que eles, os "escravos", passam e ninguém fala nada.
Quanto à
pastelaria, que de acordo com filmagens da equipe de auditores-fiscais, não tem
condições de dar vida digna aos trabalhadores que lá habitam, é bom que se diga
que ela e outras tantas que existem espalhadas pelo país e são de propriedades
de chineses ou alguém de origem asiática, não têm condições de funcionamento e nem mesmo razão, pois o que seria certo era o patrão pagar salário suficiente para que o empregado tivesse a sua própria residência. Em relação aos produtos por eles vendidos, já
vi um fato acontecido há mais de três anos, muito parecido ao de agora. Foi em Belford Roxo, quando encontraram até animais silvestres para serem abatidos e virarem engodo de
pastel. Lá não invetigaram onde nem como os "funconários" moravam, mas há quem diga que até os passaportes dos empregados estavam retidos com o "seu dono". No caso de agora a superintendência destaca a
“visível degradação” do ambiente de trabalho, mas e o ambiente se asseio para
fabricação de alimentos? Será que estava em condições normais?
Mas para
falarmos em trabalho escravo, os donos das pastelarias só estão usando a mesma
arma que o governo chinês usa lá em sua terra. É só perguntar como os produtos chineses
chegam aqui ao Brasil com preços tão pequenos?
Não venham me
dizer que lá não existe a “mão escrava”?
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