quarta-feira, 29 de abril de 2015

CHINESES TRABALHAM EM
REGIME DE ESCRAVIDÃO

Gerson Tavares
 







Até parece que “descobriram a pólvora”. Quando ouvi dizer que a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio de Janeiro resgatou dois trabalhadores chineses que viviam em regime de trabalho análogo à escravidão em uma pastelaria da Rua Camerino, no centro da capital fluminense, não vi ali a menor novidade.

Mas como tudo precisa de estardalhaço, o resgate que foi resultado da Operação Yulin, feita por fiscais do Trabalho e do Procon-Rio em pastelarias do Rio, de Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Belford Roxo, na Baixada Fluminense, com o objetivo de combater o trabalho escravo urbano e o tráfico de pessoas, além de verificar a procedência da carne servida aos consumidores, senti ali um meio de desviar a atenção de outros fatos que poderiam estar acontecendo. Mas em relação ao tráfico de pessoas, será que esse tráfico não começa na entrada nos aeroportos, nos portos e fronteiras brasileiras? É por ali que eles, os "escravos", passam e ninguém fala nada.

Quanto à pastelaria, que de acordo com filmagens da equipe de auditores-fiscais, não tem condições de dar vida digna aos trabalhadores que lá habitam, é bom que se diga que ela e outras tantas que existem espalhadas pelo país e são de propriedades de chineses ou alguém de origem asiática, não têm condições de funcionamento e nem mesmo razão, pois o que seria certo era o patrão pagar salário suficiente para que o empregado tivesse a sua própria residência. Em relação aos produtos por eles vendidos, já vi um fato acontecido há mais de três anos, muito parecido ao de agora. Foi em Belford Roxo, quando encontraram até animais silvestres para serem abatidos e virarem engodo de pastel. Lá não invetigaram onde nem como os "funconários" moravam, mas há quem diga que até os passaportes dos empregados estavam retidos com o "seu dono". No caso de agora a superintendência destaca a “visível degradação” do ambiente de trabalho, mas e o ambiente se asseio para fabricação de alimentos? Será que estava em condições normais?

Mas para falarmos em trabalho escravo, os donos das pastelarias só estão usando a mesma arma que o governo chinês usa lá em sua terra. É só perguntar como os produtos chineses chegam aqui ao Brasil com preços tão pequenos?

Não venham me dizer que lá não existe a “mão escrava”?

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