sexta-feira, 3 de abril de 2015

ANISTIA PARA MULTAS DE CAMINHONEIROS

Gerson Tavares
 





Quando o combustível começou a subir eu já esperava que logo a seguir fosse acontecer uma cascata de aumentos que viriam trazer o aumento do custo de vida como já vi num passado que apavorava o povo brasileiro. E então vi que o governo não se envergonhou de ir para a mídia e declarar que esse aumento do combustível seria de agora em diante, disse a Dilma, mensal pelo menos até ao final de 2015. Ora, se o combustível aumenta, o transporte tem que aumentar também e se o transporte sobe o preço, sobem as passagens de ônibus, os gêneros alimentícios e por aí adiante.  

Foi então que os transportadores de carga resolveram para o País. Pararam as principais estradas brasileiras e a Dilma sentiu que poderia ali, naquele movimento acontecer o pior para quem ainda tem quase um mandato pela frente. Com o ministro da Justiça precisando dar tranquilidade a “chefona”, Eduardo Cardoso falou que se a “greve” não tivesse um fim, ele iria prender e arrebentar. Chegou até a arbitrar uma multa que fez muita gente rir. Dilma, que sabe se cercar por gente que não tem “noção da realidade”, então falou que iria resolver o problema dos transportadores colocando a “batata quente” nas mãos das concessionárias pelos pedágios e dar sumiço nos talonários de multas dos guardas rodoviários.

E como o que o Planalto fala é uma ordem para o Congresso, o plenário da Câmara, para dar início à “sacanagem”, aprovou projeto de lei que anistiava as multas aplicadas a caminhoneiros grevistas que participaram do bloqueio de rodovias nas últimas semanas. Claro que a proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado, mas como a Dilma ainda tem a chave do cofre na mão, não será difícil resolver qualquer problema.

Todos se lembram de que entre o final de fevereiro e o começo de março, caminhoneiros fizeram protestos ao longo de duas semanas em estradas estaduais e federais pelo país, o que gerou inclusive desabastecimento em algumas regiões. Os bloqueios foram motivados, principalmente, pela alta do preço do óleo diesel e pelos preços dos fretes, considerados insuficientes pelos manifestantes.

As interdições nas rodovias geraram multas que variaram entre R$ 1 mil e R$ 50 mil, mas deverão ser completamente anistiadas para os casos registrados entre 18 de fevereiro e 2 de março.

Quanto ao pedágio, os caminhões e carretas que transitarem vazios pelas estradas, segundo promessa da Dilma, ficarão livres do pedágio, mas aquele que luta para ganhar seu dinheiro dirigindo um taxi, esse seja com passageiro ou vazio, vai parar na cabine do pedágio e desembolsar a grana. Esse é só um exemplo daquilo que vai pesar no bolso do povo. Esse povo que vai pagar a cada dia mais caro os gêneros no supermercado, nas lojas de roupas, enfim, vai pagar mais caro para poder viver.

Dilma com suas promessas vai tentar para trazer a miséria para a classe média.

Pobre Brasil.

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