ANISTIA PARA MULTAS DE CAMINHONEIROS
Gerson Tavares
Quando o combustível
começou a subir eu já esperava que logo a seguir fosse acontecer uma cascata de
aumentos que viriam trazer o aumento do custo de vida como já vi num passado
que apavorava o povo brasileiro. E então vi que o governo não se envergonhou de
ir para a mídia e declarar que esse aumento do combustível seria de agora em
diante, disse a Dilma, mensal pelo menos até ao final de 2015. Ora, se o combustível
aumenta, o transporte tem que aumentar também e se o transporte sobe o preço,
sobem as passagens de ônibus, os gêneros alimentícios e por aí adiante.
Foi então que
os transportadores de carga resolveram para o País. Pararam as principais
estradas brasileiras e a Dilma sentiu que poderia ali, naquele movimento
acontecer o pior para quem ainda tem quase um mandato pela frente. Com o
ministro da Justiça precisando dar tranquilidade a “chefona”, Eduardo Cardoso
falou que se a “greve” não tivesse um fim, ele iria prender e arrebentar. Chegou
até a arbitrar uma multa que fez muita gente rir. Dilma, que sabe se cercar por
gente que não tem “noção da realidade”, então falou que iria resolver o problema
dos transportadores colocando a “batata quente” nas mãos das concessionárias pelos
pedágios e dar sumiço nos talonários de multas dos guardas rodoviários.
E como o que
o Planalto fala é uma ordem para o Congresso, o plenário da Câmara, para dar
início à “sacanagem”, aprovou projeto de lei que anistiava as multas aplicadas a caminhoneiros
grevistas que participaram do bloqueio de rodovias nas últimas semanas. Claro que
a proposta ainda precisa ser analisada pelo Senado, mas como a Dilma ainda tem
a chave do cofre na mão, não será difícil resolver qualquer problema.
Todos se lembram
de que entre o final de fevereiro e o começo de março, caminhoneiros fizeram
protestos ao longo de duas semanas em estradas estaduais e federais pelo país,
o que gerou inclusive desabastecimento em algumas regiões. Os bloqueios foram
motivados, principalmente, pela alta do preço do óleo diesel e pelos preços dos
fretes, considerados insuficientes pelos manifestantes.
As interdições
nas rodovias geraram multas que variaram entre R$ 1 mil e R$ 50 mil, mas deverão
ser completamente anistiadas para os casos registrados entre 18 de fevereiro e
2 de março.
Quanto ao
pedágio, os caminhões e carretas que transitarem vazios pelas estradas, segundo
promessa da Dilma, ficarão livres do pedágio, mas aquele que luta para ganhar
seu dinheiro dirigindo um taxi, esse seja com passageiro ou vazio, vai parar na
cabine do pedágio e desembolsar a grana. Esse é só um exemplo daquilo que vai
pesar no bolso do povo. Esse povo que vai pagar a cada dia mais caro os gêneros
no supermercado, nas lojas de roupas, enfim, vai pagar mais caro para poder
viver.
Dilma com
suas promessas vai tentar para trazer a miséria para a classe média.
Pobre Brasil.
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