Joaquim não é político
Gerson Tavares
Depois de muita
especulação sobre o destino de Joaquim Barbosa após 2014, quando todos
falavam que ele seria candidato nas próximas eleições, eis que chega ao fim o
prazo para deixar seu lugar vago no STF e Joaquim Barbosa, para frustração de
muitos “bandidos políticos”, ficou no cargo e deixou a eleição para os politiqueiros.
Todos diziam que Joaquim estava com a eleição nas mãos e por isso sua candidatura seria a mais esperada atitude para que fosse composto o cenário de disputa
presidencial, mas pelo que deu prova o “velho e bom” Joaquim, este não é o seu
papel. Hoje está fazendo uma semana que o prazo chegou ao seu final e o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, não se
desincompatibilizou do posto, mostrando que nunca pensou em concorrer a algum
cargo eletivo. Mas os mais próximos do ministro, já haviam falado que
ele decidiu que não iria concorrer a nada em 2014 à algum tempo.
Se Joaquim Barbosa
quisesse ser candidato ao Palácio do Planalto ou a uma vaga para o Congresso, ele precisaria sair do Supremo no dia 4 passado e já no dia 5 teria que se
filiar a algum partido, quando se completaria o prazo de seis meses antes da data
de votação.
Só que a saída de Joaquim da
disputa eliminou uma candidatura que inquietava o Palácio do Planalto, dizem alguns, mas porque esses esquecem que a estada dele na presidência do STF deixa a maioria dos petistas de cabelo
em pé, já que sem ele na Corte, tudo ficaria bem mais fácil para fazer as tramoias que estavam pensando em fazer junto ao novo presidente do tribunal. Mais o que inquietava mais a Dilma, o Lula e toda a “camarilha”, é o fato de não
saber até onde a popularidade do ministro seria capaz de levá-lo depois de toda
a projeção garantida durante o julgamento do Mensalão. O PT sabia que com a sua
presença na cédula eleitoral, seria impossível definir a eleição já no primeiro
turno e até mesmo se a Dilma estaria no segundo lugar. E com ele no tribunal, aí a "barreira" não terá fim.
Dizem que sem Joaquim,
os adversários competitivos para a reeleição da presidente Dilma Rousseff se
restringem, agora, ao senador mineiro Aécio Neves, do PSDB e ao agora
ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, que se desincompatibilizou
do cargo. Em contra partida, com ele no tribunal os "ministros comprados" estão de pés e mãos atados.
Mas Joaquim Barbosa
sabe que a política está muito suja e então preferiu preservar sua imagem
pública e nem pensar em uma candidatura ao Planalto. Além disso, se ele virasse candidato, muitos
iriam duvidar de sua isenção durante o julgamento do Mensalão. Iriam
tranquilamente dizer que, já naquela hora, ele tinha interesses políticos no
caso que condenou vários integrantes da cúpula do PT.
E para piorar a situação, os petistas estão preocupados porque o Joaquim ficará
policiando por mais um pouco o Brasil e quem sabe, se for o caso, se preparar
para uma disputa em 2018 sem ficar exposto a nenhum tipo de crítica.
Agora, depois desta definição, o Lula vai ver que ele não é tão poderoso como pensa. E se não foi julgado agora como mensaleiro, deverá ser julgado nas urnas como um “falastrão sem causa”.
Agora, depois desta definição, o Lula vai ver que ele não é tão poderoso como pensa. E se não foi julgado agora como mensaleiro, deverá ser julgado nas urnas como um “falastrão sem causa”.
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