sexta-feira, 11 de abril de 2014

Muita gente quebrou a cara e teve que enviar a língua no “roscofe”



Joaquim não é político

Gerson Tavares
 





Depois de muita especulação sobre o destino de Joaquim Barbosa após 2014, quando todos falavam que ele seria candidato nas próximas eleições, eis que chega ao fim o prazo para deixar seu lugar vago no STF e Joaquim Barbosa, para frustração de muitos “bandidos políticos”, ficou no cargo e deixou a eleição para os politiqueiros.

Todos diziam que Joaquim estava com a eleição nas mãos e por isso sua candidatura seria a mais esperada atitude para que fosse composto o cenário de disputa presidencial, mas pelo que deu prova o “velho e bom” Joaquim, este não é o seu papel. Hoje está fazendo uma semana que o prazo chegou ao seu final e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, não se desincompatibilizou do posto, mostrando que nunca pensou em concorrer a algum cargo eletivo. Mas os mais próximos do ministro, já haviam falado que ele decidiu que não iria concorrer a nada em 2014 à algum tempo.

Se Joaquim Barbosa quisesse ser candidato ao Palácio do Planalto ou a uma vaga para o Congresso, ele precisaria sair do Supremo no dia 4 passado e já no dia 5 teria que se filiar a algum partido, quando se completaria o prazo de seis meses antes da data de votação.

Só que a saída de Joaquim da disputa eliminou uma candidatura que inquietava o Palácio do Planalto, dizem alguns, mas porque esses esquecem que a estada dele na presidência do STF deixa a maioria dos petistas de cabelo em pé, já que sem ele na Corte, tudo ficaria bem mais fácil para fazer as tramoias que estavam pensando em fazer junto ao novo presidente do tribunal. Mais o que inquietava mais a Dilma, o Lula e toda a “camarilha”, é o fato de não saber até onde a popularidade do ministro seria capaz de levá-lo depois de toda a projeção garantida durante o julgamento do Mensalão. O PT sabia que com a sua presença na cédula eleitoral, seria impossível definir a eleição já no primeiro turno e até mesmo se a Dilma estaria no segundo lugar. E com  ele no tribunal, aí a "barreira" não terá fim.

Dizem que sem Joaquim, os adversários competitivos para a reeleição da presidente Dilma Rousseff se restringem, agora, ao senador mineiro Aécio Neves, do PSDB e ao agora ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, que se desincompatibilizou do cargo. Em contra partida, com ele no tribunal os "ministros comprados" estão de pés e mãos atados.

Mas Joaquim Barbosa sabe que a política está muito suja e então preferiu preservar sua imagem pública e nem pensar em uma candidatura ao Planalto. Além disso, se ele virasse candidato, muitos iriam duvidar de sua isenção durante o julgamento do Mensalão. Iriam tranquilamente dizer que, já naquela hora, ele tinha interesses políticos no caso que condenou vários integrantes da cúpula do PT.

E para piorar a situação, os petistas estão preocupados porque o Joaquim ficará policiando por mais um pouco o Brasil e quem sabe, se for o caso, se preparar para uma disputa em 2018 sem ficar exposto a nenhum tipo de crítica. 

Agora, depois desta definição, o Lula vai ver que ele não é tão poderoso como pensa. E se não foi julgado agora como mensaleiro, deverá ser julgado nas urnas como um “falastrão sem causa”.

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