COMISSÃO
DA CÂMARA CONVIDA
GABRIELLI PARA
EXPLICAÇÕES
SOBRE REFINARIA
Gerson
Tavares
Um requerimento foi aprovado por integrantes da “Comissão de Fiscalização
Financeira e Controle da Câmara”, convida o ex-presidente da
Petrobrás José Sérgio Gabrielli a prestar esclarecimentos sobre a compra da Refinaria de Pasadena, no Texas, por parte da estatal. Este requerimento é de
autoria de integrantes da oposição, mas também recebeu apoio de integrantes do
PT. Mas o Hugo Motta, do PMDB da Paraíba, ironizou tal atitude: "Nunca via
integrantes da base e da oposição unidos para convidarem ministros aqui".
Ainda
não foi definida a data da audiência com Gabrielli, mas como se trata de um
convite, o ex-presidente não é obrigado a comparecer. Na mesma sessão, já foi
agendada pelos deputados da comissão, para o próximo dia 30 de abril, uma
audiência com a atual presidente da Petrobrás, Graça Foster, para falar da mesma
“sacanagem” da Dilma. Graça que a pouco mais de uma semana compareceu ao
plenário do Senado em uma audiência para prestar esclarecimentos sobre a
negociação, está passando as noites acordada para aprender todas as aulas da
“chefia”.
Como
em entrevista concedida ao "Estadão" Sérgio Gabrielli admitiu sua parcela de
responsabilidade no polêmico negócio da Refinaria de Pasadena, ele dividiu toda a
culpa com a Dilma, a “guerrilheira” já pode voltar a azeitar as armas porque o
seu destino é o mato.
Segundo
Gabrielli, ele tem culpa sim, até porque o relatório entregue ao Conselho de
Administração da estatal foi "omisso" ao esconder duas cláusulas que
constavam do contrato, mas Dilma, que era ministra da Casa Civil e presidia o
conselho, "não pode fugir da responsabilidade dela".
E
a Dilma está se pegando naquela “omissão” para se defender, tanto que dois dias
depois das declarações do ex-presidente da Petrobrás, ela, por meio de seu
ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, voltou a dizer que aprovou o
negócio em 2006 com base em um resumo executivo que não continha duas cláusulas
importantes do contrato. Mas que mulherzinha irresponsável. Com essa declaração
podemos ver que ela é até capaz de assinar a pena de morte de um brasileiro sem
ver que não existe no código penal este tipo de pena.
A
compra que foi aprovada por Dilma foi de 50% da refinaria em 2006 por US$ 360
milhões. A cláusula Put Option obrigava a Petrobrás a adquirir a outra metade
da belga Astra Oil em caso de desacordo comercial, enquanto a Marlin previa uma
rentabilidade mínima à sócia devido a investimentos que seriam feitos para que
a refinaria passasse a processar óleo pesado, como o produzido no Brasil.
Após
uma disputa na justiça norte-americana, o negócio acabou custando US$ 1,25
bilhão à estatal brasileira. Em 2005, a Astra tinha comprado a mesma refinaria
por US$ 42,5 milhões. Segundo a Petrobrás, porém, a empresa belga teve outros
gastos e teria investido US$ 360 milhões antes da parceria.
Tá
bom, Dilma... “Me engana que eu gosto”!
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