quinta-feira, 10 de abril de 2014

E a “sacanagem” é geral.


Doleiro era íntimo da Saúde








Quando o laço aperta, tem “neguinho” que entrega até a mãe. E foi mais ou menos assim que o empresário Leonardo Meirelles, dono da Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen Química Ltda, resolveu revelar que o doleiro Alberto Youssef, vulgo “Primo”, que é o alvo maior da “Operação Lava Jato”, tinha grandes contatos políticos para viabilizar reuniões entre representantes da empresa e o Ministério da Saúde.

O Meirelles também foi preso na operação que começou em uma investigação deflagrada em março pela Polícia Federal para estancar esquema de lavagem de R$ 10 bilhões. Na última sexta feira a Justiça Federal concedeu liberdade provisória ao empresário com fiança estipulada no valor de R$ 200 mil. Diga-se de passagem que foi uma fiança bem “baratinha” para quem já ganhou tanto dinheiro sujo.

E em seu depoimento à Polícia Federal, Meirelles revelou que Youssef é dono da Quality Holding Investimentos e Participações e firmou uma promessa de aquisição da Labogen, abarcando 80% das ações. A Labogen, informou, tem um passivo de R$ 24 milhões. Segundo ele, desde 2010 o doleiro “já aportou R$ 3 milhões na Labogen”. Os aportes foram feitos em nome de “Primo”. Essa informação confirma suspeita da PF no sentido de que o verdadeiro controlador da Labogen é o doleiro e o Meirelles pode não passar de um “laranja”.

Só que o Meirelles falou, falou, mas não disse quem seriam os “contatos políticos” de Youssef dentro da Saúde. Mas pelo que já vimos lá na notícia anterior, o Vargas pode ser um dos "grandes contatos políticos". Ou será que ele é sócio?

A Labogen é um laboratório de produtos farmacêuticos que, segundo a investigação da PF, teria sido favorecida em contrato de R$ 150 milhões do Ministério da Saúde. A Polícia Federal suspeita que a Labogen, com folha salarial de apenas R$ 28,8 mil, foi usada de ‘laranja’ pelo doleiro Youssef para que outra empresa assumisse o acordo, fechado em dezembro de 2013, sob amparo de uma Parceria de Desenvolvimento Produtivo.

Coisas de “bandido” não faltam nos acordos políticos de hoje em dia. 

Pobre Brasil.

Nenhum comentário: