QUEM
TEM GOELA GRANDE
TAMBÉM SE ENGASGA
Avaliando a situação do
deputado licenciado André Vargas, do PT do Paraná, o líder do governo na
Câmara, Arlindo Chinaglia, que também é do PT, mas de São Paulo, afirmou, na
quarta-feira passada, que as chances de um parlamentar não ser cassado pela
Câmara diminuíram depois que a Casa acabou com o voto secreto nesse tipo de
votação. Foi então que deu a sua opinião ao seu “companheiro camarada”, dizendo
que cabe ao André decidir se renuncia ao mandato ou enfrenta o processo no
Congresso.
E foi assim que ele
mandou o conselho: "Quando você é julgado pelos seus pares, naturalmente é
um julgamento político. Para o bem e para o mal. Com o voto aberto no caso de
cassações, a chance de alguém não ser cassado diminui bastante". Com isso
ele acabou de falar que muitas vezes já enganou os seus eleitores.
Mas o André Vargas, que
não é bobo, pediu licença do cargo na segunda-feira da semana passada, após ter
seu nome ligado ao doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal sob
acusação de envolvimento com esquema de lavagem de dinheiro. Na quarta-feira o
Conselho de Ética iria decidir se um processo contra o parlamentar por quebra
de decoro deveria ser aberto. E o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da
Câmara decidiu abrir processo disciplinar contra o André. O colegiado vai
investigar as relações dele com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia
Federal. O parlamentar deve ser questionado ao menos sobre cinco temas.
Aberto, após tramitar
na Casa, o processo chegará ao plenário da Câmara e caberá aos deputados
decidirem em votação aberta se cassam ou não o mandato de Vargas.
Mas como bandidos,
tanto o “bunda mole” como o “safardana”, são muito unidos, o próprio PT já
defende, nos bastidores, a renúncia de André Vargas. O vice-líder do governo na
Câmara, o gaucho Henrique Fontana, disse que o deputado deveria renunciar à
vice-presidência da Casa, cargo que Vargas ocupava, mas ele esqueceu que isso
não basta para salvá-lo da degola da Casa. Já o ex-presidente Luiz Inácio, em
entrevista a blogueiros, defendeu que o petista esclareça o caso para o PT não
"pagar o pato". Afinal, já basta a Dilma para sujar fora do penico.
Já o Chinaglia disse: "Se
ele acredita que vai fazer a defesa dele próprio, vai ter explicações e vai
conseguir convencer o Conselho de Ética, mas principalmente o plenário da
Câmara, a tendência é ele ir nessa batida para provar sua inocência. É difícil
qualquer um, inclusive eu, dar opinião do que ele deve ou não deve fazer. Só
ele sabe dos fatos e cabe a ele tomar a decisão".
Tudo isso está
acontecendo porque na semana passada, o jornal "Folha de S.Paulo"
revelou que Vargas usou um jatinho pago pelo doleiro para viajar em férias com
a família até João Pessoa, na Paraíba. A viagem teria custado R$ 100 mil. Nesta
semana, a revista Veja revelou trocas de mensagens nas quais Youssef prometia
"independência financeira" a Vargas com a intermediação de um
contrato do laboratório Labogen com o Ministério da Saúde.
E o Vargas para se
defender disse que é amigo de Youssef, mas desconhece os negócios do doleiro.
Disse ainda que tomou a decisão de se licenciar do cargo para se defender e que
é alvo de "massacre midiático", fruto de "vazamento ilegal de
informações".
Aliás, os petistas são
sempre alvo de “massacres midiáticos”. E o povo? É alvo de que massacre?
Alô André! Quer saber? “Vai
tomar caju”!
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