POLICIA FEDERAL VAI APERTAR
O CERCO AOS “BANDIDOS”
Gerson
Tavares
Para
quem pensava que tudo havia chegado ao fim, a Polícia Federal está acenando que
irá abrir novos inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato para investigar
especificamente fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, corrupção
ativa e passiva e sonegação fiscal. Mas tem gente “querendo tirar o braço da
seringa”, já que nessa etapa da investigação a meta principal é identificar
servidores e administradores públicos e políticos envolvidos com o doleiro
Alberto Youssef, que é o personagem central da “Lava Jato”, que foi deflagrada
em 17 de março para estancar esquema de lavagem de dinheiro que pode alcançar
R$ 10 bilhões.
A
Polícia Federal já concluiu quatro inquéritos e indiciou 46 investigados, entre
eles Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa.
O ex-executivo da estatal foi indiciado em um desses inquéritos, da Operação
Bidone, que é o desdobramento da “Lava Jato”, pelos crimes de organização
criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Costa
e Youssef estão presos em caráter preventivo, por ordem da Justiça Federal, mas
até que poderia ser definitivamente. O
trabalho agora da PF é para produzir novos inquéritos para estabelecer os
vínculos do doleiro e do ex-diretor da Petrobrás com agentes públicos e
políticos.
A
PF tem quase certeza que Youssef se infiltrou em órgãos públicos por meio de
empresas de fachada para conquistar licitações milionárias. Na Petrobrás, aquela empresa que a Dilma tentou afundar, o braço do doleiro teria sido Paulo Roberto
Costa, segundo suspeita a PF.
Os
novos inquéritos terão base no estudo do material apreendido em poder do
doleiro e do executivo. Com Youssef, os federais encontram sete aparelhos
celulares. Ele foi preso em São Luís do Maranhão, em uma das empresas “laranja”
do doleiro, onde a PF recolheu outros 27 celulares. A PF pediu autorização
judicial para a análise e cruzamento dos dados dos 34 aparelhos “a fim de
possibilitar a real dimensão dos contatos do doleiro preso”, medida que ainda
depende de extração dos milhares de arquivos de mensagens de SMS, bem como
aplicativos de conversação, tais como whatsapp, viber e outros. Só sei que na
residência do ex-diretor da Petrobrás a PF apreendeu um HD e 37 pen drives que
estão sendo analisados.
É isso aí. Tem
que apertar. “Se apertar o 'bandido' geme”.
Vamos
moralizar.
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