segunda-feira, 11 de março de 2013


Os camaradas que se cuidem

Gerson Tavares






Já notaram que todos os “camaradas” brasileiros que em 1964 se mandaram do Brasil foram morar em países “nada comunistas”? Ninguém pediu asilo na Rússia ou na China e a maioria optou mesmo pela Inglaterra. Alguns poucos foram para o Chile e outros para Cuba, mas também porque é uma ilha que não faz mal a ninguém que não tenha influência sobre o seu povo.

E os “camaradas”, depois da abertura no Brasil estão aí botando banca e até já pensavam em monta uma “frente de camadas da América Latina”, mas ficaram procurando um líder, já que Fidel está mais pra lá que pra cá.

Lula e depois Dilma tinham em Hugo Chávez este “grande líder” e assim os camaradas estavam animados, mesmo vendo que comunismo já era. Mas quis o destino que Hugo “batesse com as dez” e agora os “camaradas tupiniquins” estão sem um referencial, estão mesmo, "sem pai nem mãe". Juan Evo Morales Ayma, o presidente da Bolívia,  é mais de fazer escândalo, mas na hora do “pega pra capar”, ele procura os outros para chorar as pitangas. A Cristina Kirchner, da Argentina, está mais preocupada em se manter no cargo que mesmo tramar com os “camaradas falidos”. José Mujica quer que o seu Uruguai lhe dê tranquilidade e também não está nem aí para os outros presidentes da América Latina. O atual presidente do Paraguai, Liuiz Frederico Franco, não é de se entregar aos galanteios dos “tupiniquins” e o Rafael Correa, do Equador sabe que não pode contar com a força daqueles que num passado não muito distante se esconderam debaixo da saia do Brizola.

Existem outros menos votados, como Sebastián Piñera, do Chile, do Peru, o Ollanta Moisés Humala Tasso e da Colômbia, o Juan Manuel Santos Calderon que nada somariam em uma tentativa de “mostrar força”.

E assim o Brasil está com seus “camaradas” mais perdidos que cego em tiroteio. Eles agora já não sabem mais para que lado irão atirar. Até porque o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou a "boa vontade" da oposição venezuelana diante da morte do presidente Hugo Chávez, que não resistiu a dois anos de luta contra um câncer.

E foi assim que, mais “maduro”, o vice-presidente da Venezuela acolheu o comunicado da oposição: "Acolhemos suas expressões respeitosas de condolência e as respondemos com boa vontade". Assim falou Maduro, na Telesur, sobre o comunicado da coalizão opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD), lido pelo governador de Miranda, Henrique Capriles, o principal líder antichavista. "Espero que essas expressões se mantenham para que nossa Venezuela possa transitar por esses dias tão difíceis."

E na mensagem, Capriles colocou muito bem o que eles entendem como política: "Sempre fomos adversários do presidente Chávez, nunca inimigos. Essa é uma mensagem de respeito e solidariedade a todos os venezuelanos, sem discriminações ou exceções. Esperamos que o povo venezuelano esteja a altura das circunstâncias. Os líderes da oposição assumem o compromisso de estender a mão às autoridades do governo e esperam que ele atue no estrito apego às regras constitucionais."

Uma eleição deverá ser marcada para daqui a 30 dias e Maduro e Capriles devem disputar essa nova eleição para definir o novo presidente do país. Em outubro, Capriles foi derrotado por Chávez nas eleições presidenciais. Na ocasião, teve 45% dos votos.

E agora, os “camaradas tupiniquins terão 30 dias de ansiedade para saber quem será o presidente da Venezuela, mas uma coisa eles já têm como certa: “O sonho acabou”.  

3 comentários:

Normando Duarte Silva disse...

É 'camaradas', os chefões estão se despedindo. Se bem que esses que se despedem agora, não passam de 'camaradas aproveitadores' já que n=a verdade eles não sabem nem o que foi o comunismo.
Lula que se cuide porque agora nem barba ele tem mais. Se bem que ele só usava barba para enganar a cambada.
'Companheiros camaradas' já estão procurando novo ninho para pousar.
São Bernardo - SP

Vanda Teixeira disse...

Com a morte de Hugo e com a 'aposentadoria' de Fidel, acabou o 'falso comunismo' na America Latina.
Os representantes tupiniquins nesse time de aproveitadores, não têm a menor condição de falar mais alto. São todos uns bobalhões que nem mesmo sabem o que é comunismo. Quando eles pensaram em ser, o comunismo verdadeiro já havia morrido.
Belo Horizonte - Minas

Anônimo disse...

Eles só são camaradas entre eles. Nem companheiros eles são. É só ver que a indenização sobre o período militar só sai para aqueles mo "timinho" que é de interesse dos líderes petistas.
Santo André - SP