quarta-feira, 13 de março de 2013


Miséria e a grande obra do PT

Gerson Tavares






Aécio mexeu em vespeiro e agora tem que ouvir as defesas dos “compradores de votos”. Foi exatamente um dia após o senador Aécio Neves, PSDB mineiro, acusar o governo federal de superar a extrema pobreza por "decreto", que a presidente Dilma Rousseff saiu em defesa dos programas sociais, ao discursar no 11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília.

E tudo aconteceu diante de uma entusiasmada plateia formada por pequenos agricultores, que gritava ao final de seu discurso "1, 2, 3, Dilma outra vez", numa demonstração que tudo foi muito bem orquestrado. Dilma afirmou que o combate à pobreza não é "nenhum milagre" e prometeu acelerar a reforma agrária, um dos principais pontos críticos da sua administração. Gozado que a Dilma sempre tem o discurso dirigido para o público presente e assim ela sempre agrada a todos e nada faz.

Claro que as promessas feitas por Dilma foram as mais variadas em um discurso que durou mais de uma hora. Ela  começou falando em 240 mil cisternas em 2014 e 250 mil em 2015. Depois passou pela valorização da profissão de professor e prometeu oferecer um kit englobando um "trio da pesada", já que fazem parte do kit, retroescavadeira, motoniveladora e caminhão caçamba. Isso é promessa feita para 4855 prefeitos de cidades de até 50 mil habitantes, para que eles possam abrir estradas vicinais. Mas atentem que é necessário primeiro votar na Dilma e reelegê-la, para depois então ver se serão cumpridas as promessas, já que tudo só "deverá" acontecer em 2014 e 2015.

E Dilma não parou por aí e então avisou que, depois da seca no Nordeste, o governo vai lançar um programa para ajudar os trabalhadores que perderam suas galinhas e as sementes, a fim de recuperar a sua criação e a sua plantação. Sempre prometendo, Dilma, falou que irá, no futuro, acelerar a reforma agrária com qualidade. Claro que com uma claque regiamente paga, Dilma foi muito aplaudida. E então ela soltou a “pérola”: "Eu nunca prometo o que eu não faço, não tem jeito, não prometo mesmo. Então vou prometer pra vocês uma coisa, nós agora, temos condição de fazer uma aceleração do processo de terras. E vamos dar terra com qualidade".

Quanto a falar que “vamos dar terra com qualidade”, isso Pero Vaz de caminha já sabia ao escrever ao rei de Portugal dizendo que “nesta terra, se plantando tudo dá”.

Mas a Dilma estava em um dia de lembrar as coisas e então lembrou ainda que, mesmo as pessoas no campo sendo beneficiadas com terra, "elas têm direito ao Bolsa Família, tem direito a todos os benefícios que qualquer outro brasileiro tem". E Dilma falou isto exatamente no momento em que se lembrou que o “Bolsa Família” é um bom recibo de compra de voto.

E então foi chegando a hora de dar fim às promessas que já estavam de bom tamanho e Dilma resolveu abreviar suas despedidas: "Já teve época que acreditaram que era possível o País ser rico e o povo ser pobre, mas sobretudo na questão do Brasil sem Miséria, trata-se da gente perceber que temos de ter o compromisso de superar a pobreza extrema. A superação da pobreza extrema não é nenhum milagre, nenhum acaso, é fruto de trabalho sistemático, da vontade política, da decisão política de não aceitar conviver com a pobreza."

E é aí que lembro do bordão do Jorge Perlingeiro: “Me engana que eu gosto” 

Um comentário:

Bruno Campos disse...

Ninguém pode falar que a miséria não foi erradicada do Brasil. Lula já falou e agora a Dilma também fala. Eles são a verdade.
Quer saber? São uns grandes enganadores e o povo ainda aplaude. Passem fome, mas aplaudam esses mentirosos.
Foz do Iguaçu