Miséria
e a grande obra do PT
Gerson
Tavares
Aécio
mexeu em vespeiro e agora tem que ouvir as defesas dos “compradores de votos”.
Foi exatamente um dia após o senador Aécio Neves, PSDB mineiro, acusar o
governo federal de superar a extrema pobreza por "decreto", que a
presidente Dilma Rousseff saiu em defesa dos programas sociais, ao discursar no
11º Congresso Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, em Brasília.
E
tudo aconteceu diante de uma entusiasmada plateia formada por pequenos
agricultores, que gritava ao final de seu discurso "1, 2, 3, Dilma outra
vez", numa demonstração que tudo foi muito bem orquestrado. Dilma afirmou
que o combate à pobreza não é "nenhum milagre" e prometeu acelerar a
reforma agrária, um dos principais pontos críticos da sua administração. Gozado
que a Dilma sempre tem o discurso dirigido para o público presente e assim ela
sempre agrada a todos e nada faz.
Claro
que as promessas feitas por Dilma foram as mais variadas em um discurso que
durou mais de uma hora. Ela começou
falando em 240 mil cisternas em 2014 e 250 mil em 2015. Depois passou pela
valorização da profissão de professor e prometeu oferecer um kit englobando um
"trio da pesada", já que fazem parte do kit, retroescavadeira,
motoniveladora e caminhão caçamba. Isso é promessa feita para 4855 prefeitos de
cidades de até 50 mil habitantes, para que eles possam abrir estradas vicinais.
Mas atentem que é necessário primeiro votar na Dilma e reelegê-la, para depois
então ver se serão cumpridas as promessas, já que tudo só "deverá" acontecer em 2014 e 2015.
E
Dilma não parou por aí e então avisou que, depois da seca no Nordeste, o
governo vai lançar um programa para ajudar os trabalhadores que perderam suas
galinhas e as sementes, a fim de recuperar a sua criação e a sua plantação.
Sempre prometendo, Dilma, falou que irá, no futuro, acelerar a reforma agrária
com qualidade. Claro que com uma claque regiamente paga, Dilma foi muito
aplaudida. E então ela soltou a “pérola”: "Eu nunca prometo o que eu não
faço, não tem jeito, não prometo mesmo. Então vou prometer pra vocês uma coisa,
nós agora, temos condição de fazer uma aceleração do processo de terras. E
vamos dar terra com qualidade".
Quanto
a falar que “vamos dar terra com qualidade”, isso Pero Vaz de caminha já sabia
ao escrever ao rei de Portugal dizendo que “nesta terra, se plantando tudo dá”.
Mas
a Dilma estava em um dia de lembrar as coisas e então lembrou ainda que, mesmo
as pessoas no campo sendo beneficiadas com terra, "elas têm direito ao
Bolsa Família, tem direito a todos os benefícios que qualquer outro brasileiro
tem". E Dilma falou isto exatamente no momento em que se lembrou que o
“Bolsa Família” é um bom recibo de compra de voto.
E
então foi chegando a hora de dar fim às promessas que já estavam de bom
tamanho e Dilma resolveu abreviar suas despedidas: "Já teve época que
acreditaram que era possível o País ser rico e o povo ser pobre, mas sobretudo
na questão do Brasil sem Miséria, trata-se da gente perceber que temos de ter o
compromisso de superar a pobreza extrema. A superação da pobreza extrema não é
nenhum milagre, nenhum acaso, é fruto de trabalho sistemático, da vontade
política, da decisão política de não aceitar conviver com a pobreza."
E
é aí que lembro do bordão do Jorge Perlingeiro: “Me engana que eu gosto”
Um comentário:
Ninguém pode falar que a miséria não foi erradicada do Brasil. Lula já falou e agora a Dilma também fala. Eles são a verdade.
Quer saber? São uns grandes enganadores e o povo ainda aplaude. Passem fome, mas aplaudam esses mentirosos.
Foz do Iguaçu
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