terça-feira, 19 de março de 2013


Descobriu a pólvora

Gerson Tavares







Foi preciso muito tempo de estudos para que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegasse à conclusão que existe leniência dos bancos na prestação de informações sobre movimentações financeiras que são requisitadas para instruir investigações criminais.

Disse o Gurgel: "No momento em que precisamos das informações bancárias, existe leniência das instituições financeiras em fornecer os dados. Normalmente o atendimento é lento e precário". Gurgel deu essa declaração ao sair de um seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.

E Gurgel falou que muitas vezes são necessárias diligências complementares para obter os dados solicitados. Gurgel disse que para a sua opinião nesses esses casos, se faz necessário que o sistema de fornecimento de dados seja aprimorado para que as instituições bancárias não sejam vistas como coniventes. Ele ainda falou que no processo do “mensalão” ocorreram vários fatos envolvendo bancos. Segundo o secretário-geral, a conduta desses determinados bancos era "inaceitável", os transformando em "parceiros do crime".

Esta também é a opinião do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Para ele os bancos são "lenientes" com o crime de lavagem de dinheiro e defendeu punição às instituições.

Mas se esta é a opinião, não só do Gurgel, mas também do presidente do STF, Joaquim Barbosa, porque não lutar para que os bancos sejam punidos? Se existe conivência, e é este o caso do banco que não passa os dados dos envolvidos em crime e que estão sendo processados, “esses bancos” também têm que “sentar” no banco dos réus.

É só uma questão de bater o martelo.

Um comentário:

Pedro da Luz disse...

A impressão que dá é que já está tudo acordado para que esses estudos levem um tempo e assim os crimes vão entrando no esquecimento e aí é só deixar acontecer outro crime, novo escândalo e acabou aquele problema do passado.
Este é o Brasil do faz de conta.
Niterói - RJ