Descobriu
a pólvora
Gerson
Tavares
Foi
preciso muito tempo de estudos para que o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, chegasse à conclusão que existe leniência dos bancos na
prestação de informações sobre movimentações financeiras que são requisitadas
para instruir investigações criminais.
Disse
o Gurgel: "No momento em que precisamos das informações bancárias, existe
leniência das instituições financeiras em fornecer os dados. Normalmente o
atendimento é lento e precário". Gurgel deu essa declaração ao sair de um
seminário em Brasília sobre lavagem de dinheiro.
E
Gurgel falou que muitas vezes são necessárias diligências complementares para
obter os dados solicitados. Gurgel disse que para a sua opinião nesses esses casos, se
faz necessário que o sistema de fornecimento de dados seja aprimorado para
que as instituições bancárias não sejam vistas como coniventes. Ele ainda falou
que no processo do “mensalão” ocorreram vários fatos envolvendo bancos. Segundo
o secretário-geral, a conduta desses determinados bancos era
"inaceitável", os transformando em "parceiros do crime".
Esta
também é a opinião do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim
Barbosa. Para ele os bancos são "lenientes" com o crime de lavagem de
dinheiro e defendeu punição às instituições.
Mas
se esta é a opinião, não só do Gurgel, mas também do presidente do STF, Joaquim
Barbosa, porque não lutar para que os bancos sejam punidos? Se existe
conivência, e é este o caso do banco que não passa os dados dos envolvidos em
crime e que estão sendo processados, “esses bancos” também têm que “sentar” no
banco dos réus.
É
só uma questão de bater o martelo.
Um comentário:
A impressão que dá é que já está tudo acordado para que esses estudos levem um tempo e assim os crimes vão entrando no esquecimento e aí é só deixar acontecer outro crime, novo escândalo e acabou aquele problema do passado.
Este é o Brasil do faz de conta.
Niterói - RJ
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