sexta-feira, 22 de março de 2013


Francisco

Gerson Tavares







“Habemus papam!”, estas foram as duas palavras que os católicos do mundo todo esperavam com ansiedade e que depois de pronunciadas mostrou que o comando da Igreja de Jesus poderá ter uma nova linha de evangelização.

Jorge Mario Bergoglio é um jesuíta que primou sempre pela simplicidade. Mesmo arcebispo de Buenos Aires, ele ainda andava de metro, ônibus e dirigia o seu próprio carro como qualquer ser comum que sempre se considerou.

Já pela escolha do nome papal, Jorge Mario Bergoglio mostra que está levando a Igreja pelo caminho da divisão de bens. São Francisco de Assis é o homenageado por Jorge Mario, que agora será chamado Papa Francisco.

Logo que o nome de Jorge Mario Bergiglio foi anunciado como o novo Papa, muito se falou sobre o cardeal. Uns diziam ser uma pessoa “flexível”, isso para aqueles que guardam na memória a imagem de quando ele lavou e beijou os pés de 12 pacientes com Aids durante visita a um hospital, em 2001. 

Outros dizem ser um “conservador moderado” e esta é a definição de alas da Igreja que veem no argentino alguém que conseguiu conter o avanço de correntes liberais entre os jesuítas, ao mesmo tempo em que representa as mazelas do mundo em desenvolvimento. 

Já outros o julgam como um “ultraconservador” e esta é a aposta dos argentinos que se lembram do então arcebispo de Buenos Aires combativo, firmemente contrário à adoção do casamento gay no país em 2010.

Mas para alguns ele representa uma “incógnita”. Esta é a opinião daqueles que recordam o ataque desferido em setembro do ano passado contra padres que se recusaram a batizar crianças nascidas fora do casamento na Argentina. Mas para todos, tenham eles a opinião que tiverem, exite um único adjetivo e que é uma unanimidade: humildade.

A aceitação do resultado da eleição, embora uma surpresa, fez com que muitos mandatários falassem dos valores que este argentino poderá levar ao papado. Barack Obama, presidente dos Estados Unidos falou: “O novo Papa é um defensor dos pobres e dos mais vulneráveis entre nós”. Já Angela Merkel, chanceler alemã, disse: “Além do cristianismo católico, muitos esperam dele uma orientação, não apenas em questões ligadas à fé, mas também as que dizem respeito à paz, à justiça e à salvaguarda da criação”. O David Cameron, primeiro-ministro britânico, postou no Twitter: “Um dia importante para 1200 milhões de católicos em todo mundo com sua Santidade o Papa Francisco a ser apontado como o 266º bispo de Roma”.

Mas como sempre aparecem os aproveitadores e entre eles eu destaco o Nicolás Maduro, Presidente interino da Venezuela. Para Maduro, o falecido presidente Hugo Chávez terá tido alguma influência na eleição de um Papa argentino. “Nós sabemos que o nosso comandante subiu até às alturas e que está em frente de Cristo. Alguma coisa influenciou para que tenha sido escolhido um Papa sul-americano, alguma mão nova chegou a Cristo e lhe disse: chegou a hora da América do Sul. Assim nos parece”. Por incrível que possa parecer, mas é verdade. Maduro falou todas essa baboseiras em declarações transmitidas pela televisão oficial venezuelana. Realmente não tem senso do ridículo esse já quase apodrecido Maduro.

Depois dessa, vamos esquecer o que os mandatários possam ou não falar, mas o certo é que o novo mandatário do Vaticano, um padre jesuíta, poderá fazer com que a Igreja de Roma seja ainda mais próxima dos pobres.

Que o Grande Pai mostre a Francisco que a pobreza é uma chaga que nunca será sarada pela política. Que o padre jesuíta, José de Anchieta, tão amigo de nós brasileiros, ilumine o Papa Francisco, é que pedimos em nome dos “abandonados” brasileiros.

Hoje estamos a dois dias do início da Semana Santa. Domingo já é o “Domingo de Ramos” e teremos uma semana de orações. Nesta semana não devemos falar mal de ninguém, seja ele seu inimigo ou mesmo inimigo do povo. Devemos respeitar os dogmas da Igreja e por isso, nesta semana só palavras de amor, de carinho, só atos de ajuda. Então achei por bem dar uma parada nas nossas notícias até primeiro de abril. Afinal, nós falamos de política, das coisas que os políticos fazem, e seria impossível falar de político e de seus atos e não falar mal.

Por isso estaremos de volta em primeiro de abril, mas um detalhe é necessário que fique claro: Não é mentira, estaremos sim, segunda-feira, dia 1º de abril de volta falando desses políticos que são sempre as “noticias do mal”.

Até lá e “Boa Páscoa”!       

8 comentários:

Virna Nabuco Flores disse...

Habemus Papam!. Foi para nós, sulamericanos, uma grande emoção. E ainda maior foi quando o Papa Francisco voltando da Capela Sistina no ônibus com os cardeais, começou a mostrar que ele está pronto para mudar o modo de governar a Igreja de Jesus.
Quando os cardeais que estavam sentados nos primeiros assentos do ônibus ameaçaram levantar para que ele se sentasse à frente de todos os cardeais, ele não deixou que os dois se levantassem e foi sentar lá atrás, mostrando assim a igualdade com que ele trata as pessoas. E ele, muito natural falou: 'fiquem, vou sentar lá com o Raimundo'. Isso para nós brasileiros soou como uma graça do Pai.
Raimundo não é outro se não o Dom Raimundo Damasceno, Arcebispo de Aparecida e naturalmente eles tinham muito que falar já que quando ele vier ao Brasil, para no Rio de Janeiro presidir a Jornada Mundial da Juventude, ele virá também à Aparecida como já estava acertado pelo Papa Emérito, Bento XVI.
Mas depois fiquei triste quando a presidente Dilma Rousseff, pegando uma carona, disse que quando teve audiência com o Papa Francisco o convidou para ir a Aparecida e ele aceitou.
Gente, quem disse que essas visitas são tratadas entre um presidente de um país e o Papa? Dilma Rousseff está querendo pegar carona até na vinda do Papa. Só falta ela querer usar a imagem do Papa Francisco para fazer campanha do PT.
Aparecida do Norte - SP

Hilário Caldeira disse...

Que Francisco mude não só o rumo da Igreja, mostrando aos católicos que dividir é a vontade do Pai, mas também a mude o pensamento dos políticos que só pensam neles.
Assim como a Igreja, os governos também devem ajudar aqueles que mais precisam.
Bento Ribeiro - RJ

Nádia Maria dos Santos Silva disse...

Por tudo que escutamos e estamos vendo após a eleição de Jorge Mário ao seu tempo papal, Foi Deus que instruiu Bento XVI a renunciar. Era necessário que viesse um jesuíta para tentar mudar os dogmas da Igreja.
Uma 'Igreja rica' é aquela que divide seus bens com os mais pobres e por tudo que já falou o Papa Francisco, o coração jesuíta está falando mais alto.
Que a Igreja Católica mostre agora o que é ser Igreja.
Belo Horizonte - MG

Marina Santos disse...

Que o Papa Francisco leve para o Vaticano a sua formação de jesuíta.
Uma Igreja rica é aquela que divide com seus fieis e assim vive o jesuíta.
Curitiba - Paraná

Mércia das Neves Santos disse...

Nesta semana estarei fazendo minhas orações para que o Bom Pai esteja sempre orientando Francisco para que, o novo Papa leve a Igreja pelo caminho da divisão. Dividir com os menos aquinhoados é um modo de elevar seu pensamento ao Bom Deus.
Boa Páscoa para você também, Gerson. Continue sempre assim, sem medo de falar o que a população precisa saber.
Americana - SP

Luiz Henrique Novaes disse...

Que a Páscoa 2013 seja abençoada pelo brasileiro Deus, para que o argentina Francisco leve a Igreja pelo caminho da fraternidade.
Feliz Páscoa para você, Gerson, e todos os seus leitores.
Naturalmente que o mês de abril vai chegar com muitas notícias cabeludas, mas você estará sempre de olho e estará fazendo a notícia ficar verdadeira.
Paracatu - MG

Nadja Silveira Fortes disse...

Esse tal de Maduro é tão espaçoso quanto era o seu chefe, Hugo Chávez. Mas o que ele não sabe é que o Papa só não é um brasileiro porque seria demais para o resto do mundo, Deus e Papa brasileiros.
Só por isso Francisco é argentino, assim como Pelé e Maradona.
Toledo - MG

Mario Sérgio Dias disse...

A Semana Santa está chegando ao fim. Será que segunda-feira você volta com tudo? Vai voltar malhando como antes? O prato está cada dia mais cheio de bosta para você jogar na Geni.
Se bem que a Geni não tem culpa de nada, então joga na Dilma.
Pindamonhangaba - SP