Gerson Tavares
Em boa hora o governo da cidade do Rio de Janeiro acabou no ano passado com a aprovação automática. Ficou provado ao final de ano que a medida foi acertada, quando muitos daqueles alunos que estariam passando de série em 2010, ficaram reprovados por não terem a menor condição escolar para a aprovação.
Mas como nem tudo que é bom, é aquilo que interessa aos políticos, vem agora em maio, uma “ordem” do Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgando as novas diretrizes que irão orientar o Ensino Fundamental. O presidente da Câmara de Educação Básica do CNE, César Callegari, informa que as escolas não poderão mais “reter” os estudantes durante o ciclo de alfabetização.
Dizendo que a reprovação nos primeiros anos escolares pode trazer traumas para as crianças, estão se baseando em pesquisas que provam que um aluno pode aprender a ler e escrever mais rápido que outro. Uns aprendem aos seis anos e outros só aos sete anos. E para completar essa “idéia” César Callegari diz “As escolas tem que respeitar essa diferença”.
A recomendação do CNE é que as escolas devem identificar as deficiências do aprendizado e que ofereça uma atividade para incentivo do aluno. O MEC vai fazer um mapeamento para identificar os municípios que mais reprovam e já sabem que na cidade do Rio de Janeiro a repetência ocorre no final do 3º ano.
Como dá para ver não é nem no primeiro nem no segundo ano escolar que acontece a repetência e sim no terceiro, mas é fácil de saber a razão. Se nos dois primeiros anos passam sem saber nada de nada, é lógico que no terceiro ano tudo virá por água abaixo.
Mas o que esperar de um país onde políticos se vangloriam de chegar à presidência sem estudos? O que esperar de um país onde professor mal remunerado, não pode e nem deve exigir de seus alunos, além de “bom comportamento, aproveitamento das matérias curriculares?
É nisso que dá ter um país comandado por analfabeto!
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