sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

MAS É CARNAVAL...
É hora de folia

Hoje, sexta-feira e já estamos respirando o ar do carnaval. O Rio de Janeiro está engalanado para receber os foliões que do mundo inteiro até aqui vem para curtir a “FOLIA DE MOMO”.

Então vamos falar
um pouco do carnaval.

O carnaval é considerado uma das festas populares mais animadas e representativas do mundo. Tem sua origem no entrudo português, onde, no passado, as pessoas jogavam uma nas outras, água, ovos e farinha. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval.







O entrudo chegou ao Brasil por volta do século XVII e foi influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa. Em países como Itália e França, o carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem européia.

No Brasil, no final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas se fantasiavam, decoravam seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Está ai a origem dos carros alegóricos, típicos das escolas de samba atuais.

No século XX, o carnaval foi crescendo e tornando-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas deixavam o carnaval cada vez mais animado.

Os bondes e o carnaval andaram juntos por mais de 35 anos. Instalados no Rio de Janeiro, a principio puxados a burro, os bondes foram trocados pelos elétricos quando do encampamento da Cia Jardim Botânico (empresa de bondes), em 1910, pela Light. Esse serviço de transporte tornou-se o principal na cidade e de alta confiabilidade nos seus horários. Por este motivo os bondes foram sempre enaltecidos em marchinhas de carnaval, assim como os seus funcionários. Alvarenga e Ranchinho comporiam a marchinha “Seu Condutor”, por exemplo, e a marchinha “Salve a Malandragem (e o Trabalhador), que falava do horário certinhos dos bondes.

Durante o carnaval os blocos e seus foliões usavam os bondes para irem de um bairro a outro carregando todo tipo de instrumento musical. Mesmo se chovesse a batucada não parava! Óbvio que muita gente inventava e dizia que já havia pago a passagem, e o condutor pra não apanhar engolia essas desculpas esfarrapadas.

A primeira escola de samba surgiu no Rio de Janeiro e chamava-se Deixa Falar. Foi criada pelo sambista carioca chamado Ismael Silva. Anos mais tarde a Deixa Falar transformou-se na escola de samba Estácio de Sá. A partir dai o carnaval de rua começa a ganhar um novo formato. Começam a surgir novas escolas de samba no Rio de Janeiro e em São Paulo. Organizadas em Ligas de Escolas de Samba, começam os primeiros campeonatos para verificar qual escola de samba era mais bonita e animada.
Mas o carnaval de rua manteve suas tradições originais na região do nordeste do Brasil. Em cidades como Recife e Olinda, as pessoas saem as ruas durante o carnaval no ritmo do frevo e do maracatu.
Os desfiles de bonecos gigantes, em Recife, são uma das principais atrações desta cidade durante o carnaval. Isto sem falar no “Galo da Madrugada”.


Na cidade de Salvador, existem os trios elétricos, embalados por músicas dançantes de cantores e grupos típicos da região. Na cidade destacam-se também os blocos negros como o Olodum e o Ileyaê, além dos blocos de rua e do Afoxé Filhos de Gandhi.



Agora vamos falar do amor. Vamos falar da história de Colombina, Arlequim e Pierrô. Todo mundo sabem quem são, certo? Bem, não é bem assim... embora pareçam tão parte do Carnaval, essas figuras nasceram longe, muito longe da folia...

Colombina, Arlequim e Pierrô são personagens da Commedia dell’Arte, um gênero de teatro popular que surgiu na Itália, no século 16. Ao contrário do teatro escrito, muito na moda entre os nobres, os atores da Commedia improvisavam em torno de um determinado número de personagens e de temas e se apresentavam aqui e ali, nos vilarejos e nas cidades, ao ar livre ou em palcos também improvisados.

E foi daí que nasceu a história de amor que migrou para o carnaval e que até hoje tanto inspira os foliões.


Que viva o amor... Que viva o Carnaval!


E como falou o poeta Umberto Silva, "Até quarta-feira".

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