sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O carioca queria paz e deram-lhe Paes





Gerson Tavares




Muitas coisas ruins vieram para além-mar quando Cabral descobriu o Brasil. Uma das pragas que por aqui chegou foi um passarinho. Não canta e nem encanta, mas faz uma sujeira tremenda. Estou falando do pardal. E como praga que se preza, ele deu nome a uma outra praga que só serve para tirar dinheiro do bolso dos motoristas desligados. Mas e os “pardais”? Desligar ou não?

Quando o ex-prefeito César Maia mandou desligar os “pardais” durante a noite para garantir um pouco mais de segurança, ou pelo menos diminuir a insegurança dos motoristas que transitam na noite pelas ruas da cidade, Sérgio Cabral e o prefeito eleito, Eduardo Paes ficaram contra. César Maia se foi e o Eduardo Paes chegou com o firme propósito de religar tudo que fosse “pardal”, “lombada eletrônica”, “sinal” ou ainda outro nome que queiram dar. Com essa atitude Eduardo decidiu: “Que morram de tiro, mas de acidente de transito, nunca!”.

E não é que um decreto do novo prefeito religou 203 “pardais”, mas mantêm 59 desligados entre 22 e 6 horas. O fato virou polemica, mas até agora a prefeitura não veio a público se explicar.

O novo prefeito resolveu desligar “pardais” exatamente onde acontece o maior número de acidentes com vítimas na cidade. No trecho entre o Condomínio Santa Maria e o Recreio, altura do número 18.365 da Avenida das Américas, exatamente neste trecho, cinco “pardais” foram desligados. São os aparelhos que mais registram avanço de sinais na cidade e quase sempre com batidas violentas e sempre com vítimas, muitas fatais.

Enquanto isso, “lombadas eletrônicas” na Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, onde assaltos levam vidas de motoristas e passageiros de carros que diminuem a velocidade por causa dos famigerados “pardais”, essas, irão permanecer ligadas.

Conversando com pessoas pela cidade, é uma opinião quase unânime que esse “mocinho rico”, como a maioria definiu o prefeito, está mais preocupado em dar divertimento a “filhinho de papai rico” na Barra da Tijuca, onde ele poderá fazer como diziam os playboys da década de 50, sua “roleta paulista”, para ver se passa no sinal fechado sem bater. Para quem não sabe ou esqueceu, “roleta paulista” é passar em alta velocidade com o sinal fechado para desafiar o perigo de bater no carro de quem nada tem a ver com a loucura de muitos dementes que não passam de “garotos mimados”.

Um comentário:

Anônimo disse...

Que morra de tiro quem anda pela zona norte. A Barra é que é lugar de 'garotinho' maluco. Viva e Paes e suas babaquices.



Alfredo Caldas Leite


Pavuna - Rio