sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Cultura é arte, mas nas mãos de artistas


Gerson Tavares





Quando Jandira Feghali foi indicada para comandar a Cultura da cidade do Rio, ela disse que se sentia preparada para o cargo porque foi baterista de uma banda de rock.

Mas o primeiro mês de sua gestão ainda não chegou ao fim e ela já está às turras com os diretores dos teatros que fazem parte da Rede municipal. Aliás, a Jandira até que não está as turras com a equipe, porque segundo os diretores dos teatros, ainda não houve um contato entre eles e a nova secretária.

Alessandra Duarte, jornalista do “O Globo” ouviu alguns diretores e entre eles o Carlos Augusto Nazareth, diretor do Teatro Ziembisnski, o único teatro da Rede na área da Tijuca. Segundo Nazareth, ele entregou na segunda-feira, o seu pedido de demissão. Como Nazareth, diretores de outros teatros do município devem também entregar os cargos.

Como quem está manobrando todo o esquema dos teatros são os “produtores” da secretaria e não a secretária Jandira, o contato com ela fica quase que impossível para os diretores. Ana Luisa Lima, dona da “Sarau”, uma empresa de produção, está na equipe de Jandira, tudo faz crer que a idéia primeiramente é tirar os diretores e os espetáculos já por eles agendados. Depois a “Sarau” assume tudo e seja lá o que Deus quiser.

Há uma semana a Ana Luisa foi até ao Teatro Ziembinski e o diretor Nazareth fez questão de mostrar a situação do prédio que está alugado à prefeitura há vinte anos. Walmor Chagas que é o proprietário do espaço recebeu um comunicado da secretaria que como o teatro apresenta problemas em sua estrutura, o proprietário tem que arcar com as despesas de reforma. Isto, depois da prefeitura “só” usar o teatro por vinte anos e a Ana vai até ao local ver as necessidades e ainda acha que a prefeitura nada tem com isso.

Foi aí que me lembrei de quando a Jandira foi candidata à prefeitura mostrou em sua propaganda política um prédio antigo da Maternidade Leila Diniz para falar mal do antigo prefeito, quando a maternidade já funcionava, bem equipada e em um prédio moderno. Ela, médica familiarizada com a cidade do Rio ao falar aquilo, das duas uma: ou estava tentando enganar o povo, ou então não tinha conhecimento da real situação da saúde da cidade que ela representava. Como médica, se não tinha conhecimento do assunto, seria muito desligada de um assunto que tinha obrigação de conhecer. Mas se mentiu, aí já era falta de caráter.

Desta vez, para assumir a secretaria de Cultura, Jandira falou que foi baterista de uma banda de rock e por isso se achava com formação cultural. Por falar em banda, Banda Los Panchos fala alguma coisa para vocês?

Um comentário:

Anônimo disse...

A Jandira se sente uma artista, não porque foi baterista, mas porque ela sabe interpretar muito bem. A interpretação dela é tão forte, que tem gente que acredita.


Carmen Lúcia Lima

Niterói - (terra onde o amrido da secretária ganha muito dinheiro)