sexta-feira, 25 de julho de 2008



Divulgação de "lista suja", só separando suspeito e condenado, diz Múcio





Ministro José Múcio quer lista só com condenados
Foto Roosewelt Pinheiro




BRASÍLIA – O ministro de relações Institucionais, José Múcio Monteiro, em entrevista à Folha Online, defendeu ontem a divulgação da chamada “lista suja” com os nomes dos candidatos que respondem a processos na Justiça. O ministro afirmou, no entanto, que é fundamental fazer a distinção entre os políticos “suspeitos” e dos “já condenados”.

Sem essa diferenciação, disse ele que não deve haver divulgação de nomes. “Sou favorável. Mas só será uma questão de justiça e de posição clara, se houver uma distinção entre os apenas suspeitos e que já são condenados. É preciso deixar isso bem explicado para evitar problemas e injustiças”, disse categórico. Ressaltou ainda que, devem ser avaliadas as situações de todos os ocupantes de cargos eletivos que estão no Executivo, em níveis federal, estadual e municipal. “É necessário informar quais são as ações em curso e as suspeitas que envolvem a pessoa”, disse o ministro.

Este assunto será tema de discussão e julgamento pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) em duas semanas, quando o tribunal retoma as suas atividades após o recesso de julho. Um dos primeiros itens da pauta na Corte é a ação impetrada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) que torna inelegíveis candidatos condenados pela Justiça em qualquer instância, mesmo que os processos não tenham sido julgados em definitivo.

A tendência é de a Suprema Corte rejeitar a ação da AMB. Entre os ministros deve prevalecer o consenso de que seria perigoso impedir o registro de candidatos com a “ficha suja” sem que os processos não tenham sido julgados em todas as instâncias.

E assim, nós, pobres brasileiros, vamos continuar assistindo campanha eleitoral de candidatos que são verdadeiros marginais. E ainda tem gente que fala em “ética”.

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