terça-feira, 22 de julho de 2008

“Brasil, pobre Brasil”



Gerson Tavares



Quando eu ouvi trechos da gravação da explanação do delegado Federal, Trotógenes Queiroz sobre a sua saída do caso Daniel Dantas, já fiquei com a pulga atrás da orelha. Estava na cara que aquilo não passava de uma edição mal feita para que a população “crédula” aceitasse como uma saída por vontade própria do delegado. Mas essas pessoas que estão lá em cima, no comando, não são tão espertas como se acham.

Lógico que o delegado não iria aceitar tudo calado, afinal, ele tem um nome a zelar, coisa que muitos que lá estão não sabem nem o quer dizer. Protógenes falou que foi afastado do comando da operação, fato que vem contra a versão oficial do governo. O delegado apresentou ao Ministério Público Federal queixa formal contra a cúpula da Polícia Federal, alegando que houve obstrução ao seu trabalho e reclamou muito da falta de ajuda, não só de material, mas também de pessoal.

Isso é só uma mostra de toda a pouca-vergonha que envolve esse escândalo do Daniel Dantas. Esse mesmo escândalo que envolveu o juiz De Sanctis com suas ordens de prisões e os hábeas corpus do Gilmar Dantas. Esse mesmo escândalo que tem seus desdobramentos com Pitta e com Naji Nahas.

Enquanto isso, o pobre povo fica jogado às feras com essas campanhas eleitorais que estão nas ruas. Um bando de caras-de-pau, já está falando dos milagres que vai operar se eleito. São soluções, as mais inusitadas, que irão resolver todos e quaisquer problemas desse povo abandonado à própria sorte.

Pobre Brasil. Tenho certeza que não foi para isso que Cabral aportou por aqui.

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