segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


Dez anos e quase 100% de aumento

Gerson Tavares




Em 2002, pela conta daqueles que sabem contar, eram 21 ministros que sentavam à mesa de reunião com o presidente da República para resolver os problemas governamentais. Mas o tempo passou, as cabeças mudaram e então o número foi crescendo e hoje, dez anos após, já são 38 ministros e em véspera de mais um. Claro que isso é para poder comprar mais um partido.

Com a criação de mais um partido e com a Dilma precisando desse partido ao seu lado, então ela resolveu que mais um ministério será criado. Será o Ministério da Secretaria de Pequena e Micro Empresa. Este será o lugar a ser ocupado pelo representante do PSD no governo Dilma.

Mas dizem que está até havendo um rodízio de ministros na sala de reuniões para que a Dilma consiga olhar para todos. Dilma já encontra dificuldade até para decorar os nomes de todos os ministros e alguns ela, quando quer chamar diz assim: “Ei... Você aí!”. 

Deixando a brincadeira de lado, pensando honestamente, será que se fazem necessários todos esses ministérios? Tem gente demais ou trabalho de menos? Sim, porque tem ministério dentro de ministério. As pessoas estão respondendo pelas mesmas coisas em mais de um ministério. Será que precisava criar tantos ministérios assim para colocar esse pessoal?

Se bem que cada ministério não coloca só o ministro, mas coloca toda uma gama de “aspones” que só trabalham em época de eleição. São os cabos eleitorais que precisam estar bem remunerados por quatro anos para trabalharem dois semestres naquele período. Seis meses nas eleições municipais e seis meses nas eleições estaduais e federais.

E foi pesando nisso que formulei uma pergunta que não quer calar: ‘Não deveria ser computado como gastos de campanha os salários de todos esses cabos eleitorais que vivem zanzando pelos corredores dos ministérios?

É coisa para pensar.   

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