Bandido a gente faz em casa

Gerson Tavares

Tudo começou quando o PT galgou o degrau mais alto da escada política no País, levando o “operário” Luiz Inácio da Silva, o Lula, ao Palácio do Planalto. E foi com Lula no governo, tendo como seu homem de confiança um “companheiro de lutas”, que mesmo sem uma ligação no passado obscuro dos anos 60, se alinhava com Lula já por algum tempo, o “famigerado” José Dirceu, que o brasileiro começou a assistir com uma grande frequência nas notícias do Jornal Nacional coisas que quando aconteciam até ali, causavam espanto.

Só para lembrar algumas dessas notícias, podemos lembrar do “caso Waldomiro Diniz”, que era o braço direito do Dirceu, assim como Dirceu era de Lula. Foi um escândalo que passou meses em cartaz e os jornais escritos e televisados tiveram um filão para aumentar a sua audiência.

Mas José Dirceu não poderia ficar nessa de figurante e queria o papel principal a todo custo. Foi então que ele passou para a  “boca de cena” assumindo o escândalo da “quadrilha do mensalão”, escândalo que ainda estamos assistindo os últimos capítulos muitos anos depois.

E assim como aconteceu com Waldomiro Diniz, com esse novo escândalo, mais um se afastou do palco, mas o espetáculo não poderia parar e então apareceu a Erenice Guerra, que levou para dentro do gabinete da Dilma Rousseff, a substituta de Dirceu, mais um escândalo com seu tráfico de influencia. Foi assim como se a “Guerra” estivesse começando uma nova era de traficâncias suspeitas. Não podemos esquecer que, como José Dirceu já era parceiro a muitos anos de Lula, Erenice já por mais de oito anos era assessora de Dilma Rousseff. 

E assim, por dez anos, com uma frequência alarmante, casos degradantes acontecem sempre entre os principais auxiliares diretos da mais alta esfera do governo brasileiro. Nesses dez anos, já perdemos a conta de quantos assessores diretos da Presidência foram pegos com a “mão no cofre”.

Claro que eu não poderia para de falar desses escândalos sem chegar na Rosemary Noronha, a chefe de gabinete da Presidência República em São Paulo e ainda do advogado-geral adjunto da União, que foram pegos pela Polícia Federal em atitude mais que suspeitas e a dona Dilma tratou de manda-los embora rapidinho.

Os dois negociavam pareceres de órgão federais e ainda colocavam pessoal de confiança da quadrilha em cargos estratégicos. Entre esses estão os “Irmãos Metralha”.

Eu não poderia deixar de falar em Rosemary, ela que “mandava” e não pedia. Ela era a poderosa “braço direito e braço esquerdo” do Lula e permaneceu no lugar mesmo depois que a Dilma assumiu. Rosemary não tinha o menor escrúpulo em suas atitudes e este era o seu grande trunfo para se manter no “comando”.

Só não esperava a Rosemary Noronha, que na hora que o “barco fez água” não adiantou ligar para o “quase presidiário” José Dirceu e muito menos para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Neste segundo caso ela queria reclamar que os “seus” subordinados a estavam perturbando.

Mas nessa hora, todos tiraram a “bunda da janela” e ela ficou sozinha, de “calsinha nas mãos”.