sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011



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Polícia federal anda meio que parada




Gerson Tavares




Depois que o governo federal mudou de mãos, passando de Lula para Dilma, deu para notar que alguma coisa mudou nas investigações feitas pela Polícia Federal. Hoje quando você vê a Polícia Federal em ação é sempre em assuntos e contra políticos e funcionários de âmbito estadual e até municipal, mas federal ficou no esquecimento.

Muitos dizem que tudo isso tem como entrave a demora na escolha dos nomes que estarão à frente do órgão, mas outros dizem que tudo não passa de disputas internas entre grupos de delegados, agentes, peritos e servidores.

O certo é que a Polícia Federal estreou devagar, quase parando, com o governo Dilma Rousseff. Em 2010 o número de investigações abertas foi de vinte e dois casos por mês e neste mês e meio de governo Dilma, caiu para menos da metade. Mas também, o diretor-geral da PF, Leandro Daiello Coimbra, que está no cargo a mais de um mês, ainda não chegou à conclusão dos nomes que irão compor seu staff ocupando os principais cargos nas diretorias e nas superintendências estaduais e tudo porque esses cargos são muito cobiçados por "peemedebista", um grupo forte em termos de corrupção.

Bem diferente do seu antecessor, Luiz Fernando Corrêa, que promoveu uma limpa geral logo nos primeiros dias de trabalho. O Coimbra chegou a pensar em fazer uma gestão de continuidade, mas cada mudança está sendo cuidadosamente negociada com a base aliada e com os “manda-chuvas” do órgão e aí a coisa fica difícil.

Todos sabem que esta indefinição, além de atrapalhar as rotinas administrativas, vem provocando atraso no início de novas investigações, que duram em média um ano até que cheguem ao ponto de maturação. Segundo um delegado que pediu para não ser identificado, "as entidades corporativas tentam a todo custo emplacar seus preferidos e, quando não conseguem, exercem perverso poder de veto sobre o escolhido".

Só que enquanto o Leandro não tem sua equipe, nada vai acontecer e este fato só beneficia quem não quer ver a Polícia Federal trabalhar. Aliás, são exatamente os políticos e os servidores que tem o maior interesse que a PF fique parada e assim eles não correm riscos maiores.

E o povo, que se dane!

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