quinta-feira, 2 de julho de 2015

ONTEM FALEI DO
PESADELO DE LULA

Gerson Tavares
 




Ao falar do pesadelo de Lula, nada mais quis dizer que a ruína da Dilma está dando ao Lula uma sensação de que sua preocupação tem razão. Na pesquisa que foi realizada pelo Datafolha, 63% dos entrevistados disseram que o ajuste fiscal de Dilma está afetando, ”sobretudo” os mais pobres.

E Lula, que quer afastar o nome de Dilma do seu, procura limpar o seu discurso de orador inocente, aquele orador que não conhece, nunca viu e até mesmo, que nunca votaria em uma pessoa assim tão peçonhenta. E diz agora em seus “discursos”: “Falar é uma arma sagrada. Estamos a seis meses discutindo ajuste. Ajuste não é programa de governo. Em vez de falar de ajuste… Depois de ajuste vem o quê?”.

Deterioram-se também as expectativas dos eleitores. Para 73%, informa o Datafolha, o desemprego irá aumentar no próximo período. Em fevereiro, pensavam assim 62% dos pesquisados. E Lula, para mostrar que a desconhecida pessoa que está em seu lugar nada representa, diz que falta gogó à gestão Dilma. E diz: “Os ministros têm de falar. Parece um governo de mudos”. E para dizer que ele não é o culpado dessa fraqueza, Lula irrita-se especialmente com o silêncio da Casa Civil e joga “merda” no ventilador ao falar: “Pelo amor de Deus, Aloizio (referindo-se ao Mercadante), você é um tremendo orador. É certo que é pouco simpático…”.

E é assim que Lula mostra que todos são culpados pela crise, claro, menos ele, o criador do mito da “gerentona infalível”. A crise faz Lula insinuar que seu retorno seria algo restaurador em 2018.

Só que ele se esquece de um detalhe, um detalhe que escapa ao sábio da tribo, ao “chefe da quadrilha petista". “Dilma é um pesadelo para Lula, mas que para piorar o momento, nunca poderá se transformar em um belo sonho”.

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