DIRETORES DA BR DISTRIBUIDORA,
INDICADOS POR COLLOR,
SÃO SUSPEITOS
Gerson Tavares
A PF resolveu
apertar o “Fernandinho”, aquele mesmo que saiu pela porta dos fundos do Palácio
do Planalto, dando fim a um governo que nunca deveria ter começado. É bom
lembrar que tudo começou por um simples “carrinho de criança”, uma Elba que
hoje nem mais é lembrado na lista dos carros nacionais. Dentro da “Operação
Politeia”, a Polícia Federal também fez buscas em endereços dos ex-diretores da
“BR Distribuidora”, Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio de
Janeiro.
Só porque ambos
foram indicados aos cargos pelo senador Fernando Collor, do PTB alagoano, que é
suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras. Sanches
ocupou a diretoria da Rede de Postos de Serviço e Zonis, a diretoria de
Operações e Logística. Realmente nada demais a não ser o fato de que eles poderiam estar trabalhando para o "chefão" nas horas vagas.
E o que mais
chama a atenção das pessoas é que mesmo já tendo deixado as suas funções de
diretores, Sanches e Zonis são funcionários de carreira e continuam despachando
na empresa. Então os agentes da PF resolveram também fazer buscas nos setores
em que os dois trabalham.
Esse desdobramento
da Lava Jato tem como foco, políticos investigados na operação Lava Jato. Foram
cumpridos mais de 50 mandados de busca e apreensão, inclusive no apartamento do
ex-presidente e senador Fernando Collor. O ex-presidente classificou como
"invasiva e arbitrária" a operação da PF.
Só não sabe o
“Fernandinho” que a operação “Politeia” é a primeira deflagrada no âmbito dos
inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar
suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios de dinheiro na
Petrobras. As ações estão sendo realizadas em Brasília e ainda nos Estados de
São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco. Será que
ela não poderá levar o Collor mais uma vez a sair pela porta dos fundos?
“Politeia”,
em grego, faz referência ao livro "A República", de Platão, que
descreve uma "cidade perfeita", na qual a ética prevalece sobre a
corrupção.
Realmente tem
tudo haver com Collor. Ninguém conseguirá ser mais ético que ele, que tem pavor
de corrupção.
“Claro, isso quando
ele não faz parte da quadrilha”.
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