sexta-feira, 24 de julho de 2015

DIRETORES DA BR DISTRIBUIDORA,
INDICADOS POR COLLOR,
SÃO SUSPEITOS

Gerson Tavares
 




A PF resolveu apertar o “Fernandinho”, aquele mesmo que saiu pela porta dos fundos do Palácio do Planalto, dando fim a um governo que nunca deveria ter começado. É bom lembrar que tudo começou por um simples “carrinho de criança”, uma Elba que hoje nem mais é lembrado na lista dos carros nacionais. Dentro da “Operação Politeia”, a Polícia Federal também fez buscas em endereços dos ex-diretores da “BR Distribuidora”, Luiz Cláudio Caseira Sanches e José Zonis, no Rio de Janeiro.

Só porque ambos foram indicados aos cargos pelo senador Fernando Collor, do PTB alagoano, que é suspeito de receber propina no esquema de corrupção da Petrobras. Sanches ocupou a diretoria da Rede de Postos de Serviço e Zonis, a diretoria de Operações e Logística. Realmente nada demais a não ser o fato de que eles poderiam estar trabalhando para o "chefão" nas horas vagas.

E o que mais chama a atenção das pessoas é que mesmo já tendo deixado as suas funções de diretores, Sanches e Zonis são funcionários de carreira e continuam despachando na empresa. Então os agentes da PF resolveram também fazer buscas nos setores em que os dois trabalham.

Esse desdobramento da Lava Jato tem como foco, políticos investigados na operação Lava Jato. Foram cumpridos mais de 50 mandados de busca e apreensão, inclusive no apartamento do ex-presidente e senador Fernando Collor. O ex-presidente classificou como "invasiva e arbitrária" a operação da PF.

Só não sabe o “Fernandinho” que a operação “Politeia” é a primeira deflagrada no âmbito dos inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios de dinheiro na Petrobras. As ações estão sendo realizadas em Brasília e ainda nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco. Será que ela não poderá levar o Collor mais uma vez a sair pela porta dos fundos?

“Politeia”, em grego, faz referência ao livro "A República", de Platão, que descreve uma "cidade perfeita", na qual a ética prevalece sobre a corrupção.

Realmente tem tudo haver com Collor. Ninguém conseguirá ser mais ético que ele, que tem pavor de corrupção.

“Claro, isso quando ele não faz parte da quadrilha”.  

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