terça-feira, 7 de julho de 2015

BRASÍLIA ABRE PARADA GAY
COM CASAMENTO COLETIVO
E CRÍTICAS AO CONGRESSO NACIONAL


As comemorações da 18ª Parada do Orgulho GLBTS (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros e simpatizantes) de Brasília contou com algumas peculiaridades que engrandeceram e deram um tom mais político ao evento. Pela primeira vez no mundo, de acordo com os organizadores, o evento foi aberto por um casamento coletivo, selando no civil o compromisso de nove casais femininos e de um casal masculino.
Casamento coletivo na parada gay de Brasília (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Além disso, a cerimônia foi feita em um lugar bastante simbólico: em frente ao Congresso Nacional – local onde, segundo a deputada federal Erica Kokay, do PT da capital federal, “há em gestação uma série de ameaças ao direito, ao amor e à igualdade”.

“O beijo não pode ser amaldiçoado como tentam fazer alguns grupos daqui”, disse a deputada apontando para o Congresso Nacional, enquanto diversos casais recém-casados se beijavam no gramado e no carro de som. Um desses casais era formado pela farmacêutica Hayanna Veríssimo, de 30 anos, e por Ana Cecília Nagashima, estudante de 29 anos. Juntas há 7 anos, as duas comemoravam o direito de serem legalmente parceiras, e de mostrar à sociedade que a base da família é o amor, independentemente do sexo.

“Nosso casamento, feito aqui e dessa forma, reflete uma importante conquista para as novas famílias brasileiras”, disse Hayanna, que é mãe de um garoto de 13 anos. “Vamos agora registrá-lo como nosso filho”.

Foi aí que eles mostraram que estão sempre preparados para mais uma “sacanagem”. 

Nenhum comentário: