BRASIL FORMALIZA ROMPIMENTO
DE ACORDO PARA LANÇAR
FOGUETE UCRANIANO
Gerson Tavares
As coisas
estão acontecendo todos os dias nesse “Brasil do PT”. Agora mesmo o Brasil
informou à Ucrânia, por meio de comunicado ao embaixador daquele país em
Brasília, que vai romper o tratado assinado entre os dois países para lançar de
Alcântara, no Maranhão, o foguete Cyclone 4, cujo primeiro protótipo está em
construção na Europa. Mas é bom lembrar que essa empreitada já custou meio
bilhão de reais ao Tesouro Nacional, que podemos chamar de “cofre do povo” e
pode causar prejuízos ainda maiores por conta dos desdobramentos do rompimento
do tratado binacional.
Mas como eu
coloquei que o dinheiro que vai para o lixo é do povo, a carta que anuncia a
decisão foi publicada pelo site especializado “Defesanet” e é assinada pelo
ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, não irá causar dano algum ao
bolso da Dilma e nem mesmo de algum ladrão da “quadrilha petista”. E cópia do
documento foi encaminhada à imprensa por uma fonte do governo. Isso aconteceu em
16 de julho, poucos dias depois de uma reunião, em Brasília, com a presença de
representantes de vários ministérios, para tratar do impasse sobre o programa. Só
que depois da reunião, o assunto passou a ser tratado exclusivamente pelo
gabinete do ministro das Relações Exteriores.
O chanceler brasileiro
afirma que "ocorreu significativa alteração da equação
tecnológico-comercial que justificou o início da parceria. E que, portanto,
comunica a ‘decisão irrevogável do governo brasileiro de denunciá-lo’ (o
tratado)".
Mas como tudo
por aqui acontece sem a menor pressa, essa decisão foi tomada agora, três anos depois
que a presidente Dilma Rousseff recebeu diagnóstico, elaborado pelo então
ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, onde ele apontava que o
projeto não geraria os lucros projetados com o lançamento comercial de
satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, por um preço de US$ 35
a 50 milhões, a cada satélite lançado.
Raupp deixava
claro que os investimentos adicionais para viabilizar o programa seriam altos
demais, e o mercado de lançamentos comerciais de satélites não tinha espaço
para a entrada do foguete ucraniano. O orçamento inicial do programa era de R$
1 bilhão. Sua primeira data de lançamento seria 2010 e até agora nada existia
de concreto.
Só agora esse
“desgoverninho de brincadeira” descobriu que todas estimativas estavam erradas.
Desculpe, mas
eu não mereço esse governo de ladrões.
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