quarta-feira, 29 de julho de 2015

BRASIL FORMALIZA ROMPIMENTO
DE ACORDO PARA LANÇAR
FOGUETE UCRANIANO

Gerson Tavares
 




As coisas estão acontecendo todos os dias nesse “Brasil do PT”. Agora mesmo o Brasil informou à Ucrânia, por meio de comunicado ao embaixador daquele país em Brasília, que vai romper o tratado assinado entre os dois países para lançar de Alcântara, no Maranhão, o foguete Cyclone 4, cujo primeiro protótipo está em construção na Europa. Mas é bom lembrar que essa empreitada já custou meio bilhão de reais ao Tesouro Nacional, que podemos chamar de “cofre do povo” e pode causar prejuízos ainda maiores por conta dos desdobramentos do rompimento do tratado binacional.

Mas como eu coloquei que o dinheiro que vai para o lixo é do povo, a carta que anuncia a decisão foi publicada pelo site especializado “Defesanet” e é assinada pelo ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, não irá causar dano algum ao bolso da Dilma e nem mesmo de algum ladrão da “quadrilha petista”. E cópia do documento foi encaminhada à imprensa por uma fonte do governo. Isso aconteceu em 16 de julho, poucos dias depois de uma reunião, em Brasília, com a presença de representantes de vários ministérios, para tratar do impasse sobre o programa. Só que depois da reunião, o assunto passou a ser tratado exclusivamente pelo gabinete do ministro das Relações Exteriores.

O chanceler brasileiro afirma que "ocorreu significativa alteração da equação tecnológico-comercial que justificou o início da parceria. E que, portanto, comunica a ‘decisão irrevogável do governo brasileiro de denunciá-lo’ (o tratado)".

Mas como tudo por aqui acontece sem a menor pressa, essa decisão foi tomada agora, três anos depois que a presidente Dilma Rousseff recebeu diagnóstico, elaborado pelo então ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, onde ele apontava que o projeto não geraria os lucros projetados com o lançamento comercial de satélites a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, por um preço de US$ 35 a 50 milhões, a cada satélite lançado.

Raupp deixava claro que os investimentos adicionais para viabilizar o programa seriam altos demais, e o mercado de lançamentos comerciais de satélites não tinha espaço para a entrada do foguete ucraniano. O orçamento inicial do programa era de R$ 1 bilhão. Sua primeira data de lançamento seria 2010 e até agora nada existia de concreto.

Só agora esse “desgoverninho de brincadeira” descobriu que todas estimativas estavam erradas.

Desculpe, mas eu não mereço esse governo de ladrões.


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