KASSAB
QUER REFUNDAR
O PARTIDO LIBERAL
Sempre
viajando pelo alfabeto, Kassab já pensa em trazer de volta à vida o PL. Ele
saiu do DEM para fundar o PSD e abrir uma "janela da infidelidade partidária" que desidratou as legendas de oposição ao governo Dilma Rousseff,
que é do PT. Agora o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab articula nos
bastidores a recriação do antigo Partido Liberal, o PL do Álvaro Valle.
E
a nova versão da sigla que existiu até 2006, quando se fundiu com o Prona do
ex-deputado Enéas Carneiro e passou a se chamar PR, já está registrada nos
Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de nove Estados, como exige a lei, e pode
se tornar o 33.º partido do País. Isso assim, com um cara que tem um partido e
já conseguiu registrar uma filial.
E
pelo que dizem o novo PL também conseguiu reunir 250 mil das 500 mil
assinaturas necessárias para existir legalmente. "Queremos completar as
500 mil antes da Copa do Mundo. Depois é só burocracia", fala o presidente
do diretório nacional provisório da legenda, Cleovan Siqueira.
Em
vários Estados, o processo de coleta de assinaturas e organização partidária
está sendo comandado por integrantes do PSD, o que prova que o PL será apenas
uma filial do PSD, que é a firma “menina dos olhos” do Kassab. Basta ver que em
São Paulo o presidente da comissão provisória do PL é um dirigente do PSD que
atua na coordenação da pré-campanha de Kassab para governador: José Rubens
Domingues. Na Bahia, a "refundação" da agremiação liberal está sendo
organizada pelo vice-governador Otto Alencar, também do PSD.
Por
tanto chega de falar de Kassab, de PSD, de PL. Será que não é hora do Tribunal
Eleitoral tomar uma atitude?
“Sacanagem”
tem limite.
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