terça-feira, 25 de março de 2014

Não há nada que um bom dinheiro não faça.



DIRCEU TERIA ATÉ PODÓLOGO 

NA PRISÃO, MAS O 

DISTRITO FEDERAL NEGA

Gerson Tavares
 









“O povo pode até aumentar, mas inventar jamais”. Por isso, depois dos boatos, a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal abriu sindicância para investigar as condições em que o ex-ministro José Dirceu foi fotografado dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena por condenação no processo do mensalão. As fotos foram publicadas pela revista Veja, mostrando um Dirceu bem mais magro e abatido, na biblioteca do presídio, onde ele finge ler livros para que possa assim diminuir os dias de prisão.

A Secretaria de Segurança afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que quer saber se houve participação de servidores na produção e vazamento das fotos. Os detentos não podem ser fotografados. A suspeita inicial é de que as imagens tenham sido feitas por uma microcâmera, cuja entrada no presídio pode ter ocorrido por falha de segurança da Papuda. Mas e o telefone que Dirceu usava? Quem colocou em suas mãos?

A reportagem da Veja afirma que o ex-ministro da Casa Civil recebe tratamento diferenciado em relação aos demais presos do complexo da Papuda, dizem que até mesmo, daqueles que fazem parte da mesma “quadrilha” e que já têm regalias até demais. 

Mas o Dirceu vai além de tudo e de todos e estaria recebendo visitas até de um podólogo, alimentação diferente da dos demais internos e usufruiria de um horário especial de visitas. Claro que a Secretaria de Segurança do Distrito Federal nega que o ex-ministro receba privilégios, afinal, se este absurdo for verdade, a Secretaria vai acabar tendo que explicar como, por que e "quando custava" todo esse privilégio.

Como Dirceu já entrou em cana no regime semiaberto, ele tem direito a circular pelas dependências da Papuda durante o dia e deve se recolher à cela à noite, isso enquanto não conseguir a aprovação de um pedido de trabalho que o autorize a deixar o presídio durante o dia. Já os presos sob o regime fechado não podem andar pelo presídio livremente como os do semiaberto. Mas se olharmos bem, todos, incluindo o Dirceu, teriam que ser presos sem ''regalias'', isso se tudo corresse na normalidade que é a vida de “bandido” pagando pelos erros.

Primeiramente Dirceu foi acusado de falar ao celular de dentro do presídio com o secretário da Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, o James Correia. Esta denúncia “ainda” está sendo investigada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, mas será difícil um resultado honesto, afinal, trata-se de Dirceu, o "salvador do homem". Ele mesmo, em depoimento por videoconferência ao juiz Bruno Ribeiro na semana passada, negou ter usado o celular na prisão. E por acaso não seria bom fazer um rastreamento para ver se aquele aparelho não circulou lá pelas bandas da Papuda?

Mas a conclusão do inquérito está sendo esperada pela defesa do ex-ministro para que a VEP julgue o pedido de trabalho externo que pode autorizar Dirceu há passar o dia fora da Papuda. Ele recebeu uma proposta de emprego do escritório do advogado José Gerardo Grossi, que pretende pagar salário de R$ 2,1 mil para o antigo Chefe da Casa Civil do governo do ex-presidente Lula, que só por acaso, é cliente do mesmo escritório.

E assim a vida da politicagem brasileira implantada neste pobre País segue os passos da “bandidagem”. Ou será ao contrario? A bandidagem é que está seguindo os passos desses politiqueiros safados.


Será que esta “sacanagem” vai ter fim?

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