DIRCEU TERIA ATÉ PODÓLOGO
NA PRISÃO, MAS O
DISTRITO FEDERAL NEGA
Gerson Tavares
“O povo pode até
aumentar, mas inventar jamais”. Por isso, depois dos boatos, a Secretaria de
Segurança Pública do Distrito Federal abriu sindicância para investigar as
condições em que o ex-ministro José Dirceu foi fotografado dentro do Complexo
Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena por condenação no
processo do mensalão. As fotos foram publicadas pela revista Veja, mostrando um
Dirceu bem mais magro e abatido, na biblioteca do presídio, onde ele finge ler
livros para que possa assim diminuir os dias de prisão.
A Secretaria de
Segurança afirmou ao jornal “O Estado de S. Paulo” que quer saber se houve
participação de servidores na produção e vazamento das fotos. Os detentos não
podem ser fotografados. A suspeita inicial é de que as imagens tenham sido
feitas por uma microcâmera, cuja entrada no presídio pode ter ocorrido por
falha de segurança da Papuda. Mas e o telefone que Dirceu usava? Quem colocou
em suas mãos?
A reportagem da Veja
afirma que o ex-ministro da Casa Civil recebe tratamento diferenciado em
relação aos demais presos do complexo da Papuda, dizem que até mesmo, daqueles
que fazem parte da mesma “quadrilha” e que já têm regalias até demais.
Mas o Dirceu vai além de tudo e de todos e estaria recebendo visitas até de um
podólogo, alimentação diferente da dos demais internos e usufruiria de um
horário especial de visitas. Claro que a Secretaria de Segurança do Distrito
Federal nega que o ex-ministro receba privilégios, afinal, se este absurdo for
verdade, a Secretaria vai acabar tendo que explicar como, por que e "quando
custava" todo esse privilégio.
Como Dirceu já entrou em cana no regime semiaberto, ele tem direito a circular pelas dependências da Papuda
durante o dia e deve se recolher à cela à noite, isso enquanto não conseguir a
aprovação de um pedido de trabalho que o autorize a deixar o presídio durante o
dia. Já os presos sob o regime fechado não podem andar pelo presídio livremente
como os do semiaberto. Mas se olharmos bem, todos, incluindo o Dirceu, teriam que ser presos sem
''regalias'', isso se tudo corresse na normalidade que é a vida de “bandido”
pagando pelos erros.
Primeiramente Dirceu
foi acusado de falar ao celular de dentro do presídio com o secretário da
Indústria, Comércio e Mineração do Estado da Bahia, o James Correia. Esta denúncia
“ainda” está sendo investigada pela Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito
Federal, mas será difícil um resultado honesto, afinal, trata-se de Dirceu, o "salvador do homem". Ele
mesmo, em depoimento por videoconferência ao juiz Bruno Ribeiro na semana passada,
negou ter usado o celular na prisão. E por acaso não seria bom fazer um
rastreamento para ver se aquele aparelho não circulou lá pelas bandas da
Papuda?
Mas a conclusão do
inquérito está sendo esperada pela defesa do ex-ministro para que a VEP julgue
o pedido de trabalho externo que pode autorizar Dirceu há passar o dia fora da
Papuda. Ele recebeu uma proposta de emprego do escritório do advogado José
Gerardo Grossi, que pretende pagar salário de R$ 2,1 mil para o antigo Chefe da
Casa Civil do governo do ex-presidente Lula, que só por acaso, é cliente do
mesmo escritório.
E assim a vida da
politicagem brasileira implantada neste pobre País segue os passos da
“bandidagem”. Ou será ao contrario? A bandidagem é que está seguindo os passos desses politiqueiros safados.
Será que esta “sacanagem” vai ter fim?
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