FAMÍLIAS ESPERAM EVENTO
COM DILMA
PARA RECEBER
UNIDADES DO MINHA CASA
Gerson Tavares
“Sua casa, meu voto!”.
É assim que estou vendo esse programa de campanha da presidente Dilma Rousseff
para se reeleger. Agora mesmo, são quase 400 famílias de Pacatuba, na região
metropolitana de Fortaleza, no Ceará, que aguardam há um mês a visita da
presidente Dilma Rousseff a cidade, não que eles estejam ansiosos para ver ao
vivo a Dilma, mas é com este meio que eles irão receber as chaves das novas
moradias do programa “Minha Casa, Minha Vida”, que, aliás, já é sua por direito.
Para se entender essa
“mixórdia”, é bom saber que as obras foram concluídas em janeiro e os
contemplados pelo programa sabem, desde o início de fevereiro, exatamente qual
é a sua casa, mas também sabem que estão proibidos de fazer a mudança enquanto
não for realizada a cerimônia oficial de entrega, que não pode acontecer sem um comício da Dilma cobrando o voto.
Como tudo foi bem
armado pelos políticos locais, o prefeito de Pacatuba, José Alexandre Alencar,
que é do PROS, partido da base aliada de Dilma e que é comandado no Estado pelo
governador Cid Gomes, diz que tudo está pronto para a "festa". A
convidada de honra, porém, ainda não arrumou horário na agenda e, só por isso, “a
visita e a entrega das casas ainda não ocorreu”. Todos eles não passam de uns
“safardanas” e o povo, que está sofrendo, ainda tem que aceitar essa
“sacanagem”. Sempre sou contra a violência e invasão é violência, mas neste
caso, assumir a sua casa não é invasão, por tanto, assumam suas casas e na hora
de votar, vote naquele que não dificultou a posse de sua casa.
E o “safardana” que é
prefeito da cidade ainda tem coragem de abrir falatório como se fosse um grande
tribuno: "Entendemos que a agenda da nossa chefe maior é uma loucura. Ela
tem muita coisa para fazer no Brasil e no mundo. Está difícil conciliar". Disse
ainda “ter feito uma peregrinação na capital federal com o intuito de adiantar
a data da inauguração e pediu a ajuda de um deputado, mas a expectativa é de
que a solenidade oficial só ocorra em abril”. E o pior e que a Dilma já cansou
de ir à Fortaleza, mas o empreendimento em Pacatuba ainda não entrou no roteiro
oficial.
Mas existe uma razão importante: "Quanto
mais perto das eleições melhor".
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