quarta-feira, 26 de março de 2014

A natureza é sábia.



MANANCIAL QUE ABASTECE 

CANTAREIRA ESTARÁ 

ESGOTADO NA COPA

Gerson Tavares
 






Se olharmos bem o que está acontecendo neste período ‘pré Copa 2014’, chegaremos à conclusão que até mesmo a “boa e velha Natureza” está contra este contrato de Lula com o Blatter.

Basta ver o que vem acontecendo em São Paulo, com uma estiagem bem mais severa do que a pior já registrada na história e o comitê anticrise que monitora a situação do Sistema Cantareira antecipou para julho, que é o mês da Copa do Mundo 2014, já tem como certa a previsão de esgotamento quase total do chamado do manancial que abastece 47% da Grande São Paulo e ainda toda a região de Campinas. E vejam como o castigo vem a jato, porque em estimativa anterior, feita há aproximadamente um mês, o mesmo comitê afirmava que se a seca fosse tão grave quanto à de 1953 a água acabaria em agosto. Mas como ela já é pior que aquela da década de 1950, agosto ficou muito longe.

Com esta situação se mostrando assim tão violenta contra os paulistas, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resolveu instalar equipamentos necessários para captar a água do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira. Trata-se de cerca de 400 bilhões de litros que ficam no fundo dos reservatórios, uma reserva estratégica nunca utilizada. A Sabesp já avisou que iniciará a operação em maio, dois meses antes do possível fim do "volume útil", que é a quantidade represada acima do nível das bombas.

No mês de fevereiro, após determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), que lideram o comitê anticrise, a Sabesp contratou duas empresas por R$ 52 milhões para realizarem obras emergenciais para uso do "volume morto" nas represas Jaguari e Jacareí, em Joanópolis, e Atibainha, em Nazaré Paulista. As duas primeiras são consideradas o coração do Cantareira e armazenam 82% da água do manancial, mas estão com apenas 9,4% da capacidade. E assim sendo, pelo que dá para entender é que alem do “volume morto” que eles querem usar, quando a Dilma abrir os olhos e o Blatter acordar, “Inez estará morta”.

Mas como tudo que acontece de ruim para o povo, sempre trás bons dividendos para os politiqueiros, a Sabesp também comprou 17 bombas flutuantes por R$ 5,3 milhões de uma empresa de Santa Catarina, além de tubos, cabos, painéis e geradores. O custo total da operação é estimado em R$ 80 milhões. Desde o início de março, o uso do "volume morto", que antes era tratado como eventual, tornou-se inevitável para que o racionamento não seja generalizado. Em compensação, esse pessoal que está ‘tentando’ resolver o problema, está vendo as suas contas bancárias crescerem dia a dia.

Claro que estamos com problemas, mas aqui ficam as perguntas: será que tudo isso não era previsível? E se previsível e executada, onde esses "safardanas" poderiam arranjar aquele “por fora”? 

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