MANANCIAL QUE ABASTECE
CANTAREIRA ESTARÁ
ESGOTADO NA COPA
Gerson Tavares
Se olharmos bem o que
está acontecendo neste período ‘pré Copa 2014’, chegaremos à conclusão que até
mesmo a “boa e velha Natureza” está contra este contrato de Lula com o Blatter.
Basta ver o que vem
acontecendo em São Paulo, com uma estiagem bem mais severa do que a pior já
registrada na história e o comitê anticrise que monitora a situação do Sistema
Cantareira antecipou para julho, que é o mês da Copa do Mundo 2014, já tem como certa a previsão de esgotamento quase total do chamado do manancial que abastece 47% da
Grande São Paulo e ainda toda a região de Campinas. E vejam como o castigo vem
a jato, porque em estimativa anterior, feita há aproximadamente um mês, o
mesmo comitê afirmava que se a seca fosse tão grave quanto à de 1953 a água
acabaria em agosto. Mas como ela já é pior que aquela da década de 1950, agosto
ficou muito longe.
Com esta situação se
mostrando assim tão violenta contra os paulistas, a Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) resolveu instalar equipamentos necessários
para captar a água do chamado "volume morto" do Sistema Cantareira.
Trata-se de cerca de 400 bilhões de litros que ficam no fundo dos
reservatórios, uma reserva estratégica nunca utilizada. A Sabesp já avisou que iniciará
a operação em maio, dois meses antes do possível fim do "volume
útil", que é a quantidade represada acima do nível das bombas.
No mês de fevereiro,
após determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Departamento de Águas
e Energia Elétrica (Daee), que lideram o comitê anticrise, a Sabesp contratou
duas empresas por R$ 52 milhões para realizarem obras emergenciais para uso do
"volume morto" nas represas Jaguari e Jacareí, em Joanópolis, e
Atibainha, em Nazaré Paulista. As duas primeiras são consideradas o coração do
Cantareira e armazenam 82% da água do manancial, mas estão com apenas 9,4% da
capacidade. E assim sendo, pelo que dá para entender é que alem do “volume
morto” que eles querem usar, quando a Dilma abrir os olhos e o Blatter acordar,
“Inez estará morta”.
Mas como tudo que
acontece de ruim para o povo, sempre trás bons dividendos para os
politiqueiros, a Sabesp também comprou 17 bombas flutuantes por R$ 5,3 milhões
de uma empresa de Santa Catarina, além de tubos, cabos, painéis e geradores. O
custo total da operação é estimado em R$ 80 milhões. Desde o início de março, o
uso do "volume morto", que antes era tratado como eventual, tornou-se
inevitável para que o racionamento não seja generalizado. Em compensação, esse pessoal
que está ‘tentando’ resolver o problema, está vendo as suas contas bancárias
crescerem dia a dia.
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