quinta-feira, 20 de março de 2014

Chega de palhaçada.



APÓS DECLARAR QUE JUSCELINO

  FOI ASSASSINADO, COMISSÃO 

MUNICIPAL DA VERDADE PEDE 

INTERVENÇÃO DE DILMA

Gerson Tavares
 








Depois que descobriram este filão para dar mais “dividendos” aos apadrinhados, foram surgindo umas “comissões de mentirinha” e quase todas as Câmaras estaduais espalhadas pelo Brasil e para não perder o “bonde do mal”, também as Câmaras de vereadores foram formando comissões que são verdadeiras “comessões”.

Então, para mostrar serviço e justificar a “comessão”, a Comissão Municipal da Verdade Vladimir Herzog, instalada na Câmara Municipal de São Paulo, quer que Dilma Rousseff declare oficialmente que o ex-presidente Juscelino Kubitschek, que governou o Brasil de 1956 a 1961, não morreu em decorrência de um acidente, mas sim, declare que o “JK” foi assassinado.

Em ofício enviado à Dilma, os vereadores solicitam que ela, 'a presidente', “determine as medidas e as providências necessárias com a finalidade de alterar a causa oficial da morte do ex-presidente da República e de seu motorista, e, em nome da história do Brasil, da verdade, da memória e da justiça, proclamar oficialmente os assassinatos de Juscelino Kubitschek e Geraldo Ribeiro”.

Esta solicitação dos vereadores tem como base um relatório de trinta páginas, que foi produzido por eles mesmos, no qual afirmam terem reunido “dezenas de indícios, evidências, testemunhos e provas” suficientes para concluir que “a versão oficial de acidente automobilístico foi forjada na ditadura militar”.

Claro que eles se referem aos fatos ocorridos em 22 de agosto de 1976. Eu até já falei aqui, que passei pelo local logo após o acidente sem saber, a princípio, que se tratava do carro do velho e bom “Nonô”. Um acidente como tantos que aconteciam na Via Dutra, só que ali estava uma das figuras da nossa política. Depois de ver o que havia acontecido, segui meu caminho para São Paulo, onde me esperava mais uma semana de trabalho na velha e saudosa TV Tupi.

Naquele dia, Juscelino embarcou num Opala em São Paulo e pegou a Rodovia Presidente Dutra, rumo ao Rio. Não chegou ao destino. Segundo apurações policiais feitas na época, na altura do município de Resende, ao tentar ultrapassar um ônibus, aconteceu um “chega pra lá” e o Opala passando sobre o canteiro e colidiu com uma carreta. Morreram o presidente e seu motorista e amigo Geraldo Ribeiro.

Aí vem o “sonho de desforra” da comissão e então eles colocam hoje que como Juscelino era temido pela ditadura militar, pela sua popularidade, desde o primeiro dia foram levantadas dúvidas sobre o acidente.

Para estes, “sempre” se aventou a possibilidade de atentado. Em 1996 chegaram a exumar o corpo de Ribeiro, em Belo Horizonte, para examinar um fragmento metálico localizado em sua cabeça na época do acidente. A perícia concluiu que era um prego do caixão. Em 2001, uma Comissão Externa da Câmara dos Deputados analisou o caso e concluiu: “Por mais que se exercite a imaginação e a criatividade, não se consegue encontrar um argumento sólido, balizado, lógico e técnico que possa apoiar a tese de assassinato”.

Mas, como quem quer culpar alguém não encontra limites, no ano passado a Comissão da Verdade Municipal voltou ao caso “já com uma bala na mão”. Uma vez que a história da morte de JK também é objeto de análise da Comissão Nacional da Verdade, os vereadores justificaram a investigação afirmando que Juscelino embarcou em São Paulo. E é aí que pergunto: O que tem a haver o anus com a calça?”.

Então a comissão municipal resolveu se basear, sobretudo em depoimentos que eles estão coletando e concluíram que o motorista foi “atingido por um tiro segundos antes do acidente”. Assim eles querem dizer que o objeto em seu crânio não seria um prego, mas um projétil de arma de fogo.

O Relatório JK, como foi denominado, também foi enviado ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ao atual coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Pedro Dallari.

E mesmo com a família de Geraldo Ribeiro falando do desrespeito aos mortos, esta “comessão” quer exumar os corpos mais uma vez e que se não satisfizer as suas intenções poderá não ser a última. Ela não sossega, afinal, isso sempre rende “uma grana” por fora.

Depois de tudo isso, só gostaria de saber quem foi aquele “atirador de elite” que conseguiu atirar em plena madruga, exatamente na cabeça de um motorista que vinha pelo menos a 90 quilômetros por hora em uma curva da estrada e no momento de uma ultrapassagem.

Quer saber? Vão todos para a “casa do carvalho”!     


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