“Só
falo quando tenho certeza”
Gerson
Tavares
Era
assim que o Fernando Haddad se apresentava sempre que alguém falava que ele
poderia estar enganado quando garantia que entre os seus auxiliares não existia
nenhum que pudesse ser apontado como estar em algum caso obscuro.
Mas uma ação
na Justiça Federal em São Paulo contradiz o candidato petista, Fernando Haddad,
que em entrevistas sempre afirma que nenhum de seus auxiliares diretos no
Ministério da Educação responde a processo judicial.
E
logo o secretário executivo do MEC, o número dois na hierarquia, é réu em ação
civil pública. Mesmo denunciado pelo Ministério Público Federal por supostas
irregularidades em convênio firmado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) quando ele era presidente do órgão, José Henrique Paim
Fernandes segue no cargo até hoje.
E
o caso envolve uma boa grana, já que um convênio, de R$ 491 mil, foi assinado
em 2005 com a ONG Central Nacional Democrática Sindical, para alfabetizar
jovens e adultos. Auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) detectaram
irregularidades como ausência de documentos na prestação de contas e falta de
provas de que pagamentos foram efetuados.
Quatro
anos depois o TCU acolheu as alegações de Paim de que ele foi "induzido a
erro" quando assinou o convênio, "pois nele constavam, de forma
explícita, declarações de regularidade emanadas dos diversos setores envolvidos
no trâmite". Na Justiça Federal em São Paulo processo segue em curso, mas Haddad
tem dito não haver "ninguém respondendo a processo" em sua ex-equipe.
E
batendo no peito, Haddad se vangloria: "Fiquei seis anos e meio no MEC e
não tenho nenhum secretário de Educação sobre o qual paire dúvidas sobre a
conduta. Tenho três presidentes de autarquia, seis secretários nacionais.
Tranquilo em relação à minha conduta e à dos meus auxiliares diretos".
Realmente
para os petistas, no PT não tem bandido, mas será que esta colocação não é
errônea?
Será que não seria mais certa a afirmação que “no partido não existe maior ou
menor bandido?”.
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