Para ministro, 'quem for inteligente' 

não usa mensalão nas eleições

Gerson Tavares

Gilberto Carvalho “dá nó em pingo de éter e ainda esconde as pontas”. 

É mais ou menos por aí que vejo a atitude do mais próximo assecla da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Luiz Inácio, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, quando falou na quinta-feira passada que vê como um grande erro o uso do julgamento do “mensalão” como estratégia de campanha eleitoral.

Claro que se o resultado fosse de vitória dos corruptos, até ele estaria usando e abusando daquele resultado, mas como as condenações em nada favorecem aos bandidos aliados, ele está apelando para que todos esqueçam que aquilo aconteceu.

E fala do alto da sua soberba: "A única coisa que posso dizer é que aqueles que têm apostado no uso político de fatos como esses, nunca se deram bem. Quem na eleição passada tentou usar temas morais para fazer campanha não se deu bem. O primeiro turno registrou a vitória das forças progressistas do País, acho que isso tem de ser comemorado, então quem for inteligente não vai tentar fazer esse uso". 

E assim “Gilbertinho” tenta enganar dizendo que usar as verdades, é coisa contraproducente. E segue em seu discurso de “cara de pau”: "Se o fizer, a população tem muita sabedoria pra julgar e entender que o que vale é a prática de um projeto que está mudando o País, diminuindo a pobreza, que recolocou o Brasil numa outra dimensão, e esse projeto ao ser levado pras prefeituras também tem dado muito certo".

Só que o "secretário do mal" esquece que essa população não pensa e vota naquele que lhe dá migalha de fala que o miserável virou classe média e que se escutar a barriga roncar, samba que é a cuíca que está roncando. 

É fácil fazer esses eleitores de cabresto seguirem pelo caminho que eles querem, porque ele está sempre atrás de uma “bolsa família” ou de outra bolsa qualquer, mas que represente uma esmola mensal. É assim que ele  vota.

E o “conselheiro do mal” continua com seu discurso de “engana bobo”: "Não aconselho as pessoas que querem fazer esse uso que o façam porque, graças a Deus, a população brasileira tem muito bom senso, e sabe distinguir perfeitamente o que é uma coisa e o que é outra coisa, e cuida muito do seu futuro, da sua família, da sua cidade. Estamos bastante tranquilos quanto a isso".

“É fácil ficar tranquilo quando conhece o seu gado”. Ele sabe que cada esmola dada, corresponde a alguns votos na urna.