Aquilo
que interessa
Gerson
Tavares
Se ontem falei daquilo que um cidadão de bem faz em
defesa do povo, hoje já não posso dizer o mesmo. Hoje vou falar sobre o voto do
ministro revisor, o Ricardo Lewandowski, um ministro que não tem se mostrado
aliado do cidadão que quer limpar a política. Quando chegou a vez de
Lewandowski dar inicio a leitura do seu voto sobre o crime de corrupção ativa,
muita gente tirou as crianças da sala. Já sabiam que ele iria fazer algo que não
seria um bom exemplo para os cidadãos de amanhã.
Só que o ministro começou concordando com o relator Joaquim
Barbosa, já que o “assunto” era absolvição. Então ele começou absolvendo Geiza
Dias, que na época do “mensalão” era funcionária de Marcos Valério, e o
ex-ministro Anderson Adauto do crime de corrupção ativa. Mas como tinha gente
que não era da política, Lewandowski condenou quatro réus do chamado núcleo
publicitário. Então foram para “fogueira” Marcos Valério, os seus sócios Cristiano
Paz e Ramon Hollerbach, e a
ex-funcionária Simone Vasconcelos.
E foi então que Ricardo começou a mostrar para quem
trabalha. Começou a divergir do voto de Joaquim Barbosa, que em momento algum
deixou que o seu voto fosse por amizade ou negócio. Votando diferente do
relator, absolveu também Rogério
Tolentino, advogado das empresas de Valério. Embora condenando Delúbio
Soares, ex-tesoureiro do PT, colocou toda a culpa que “querem” imputar ao PT e
ao governo na conta de Delúbio e de Valério, dizendo que os dois são os grandes
articuladores do esquema criminoso. Como bom amigo, absolveu o ex-presidente do
PT, José Genoino, da acusação de corrupção ativa, alegando falta de provas,
mostrando assim que existe um “acordão” entre aquele esquema
e seu voto.
E na maior cara de pau ele falou que “o Ministério
Público não conseguiu nem de longe apontar de forma concreta os ilícitos que
teriam sido praticados por José Genoino”. Realmente esse ministro Ricardo Lewandowski não pode falar em
Justiça em nome do povo brasileiro.
E como ele deixou para concluir a sua votação no dia seguinte, na quinta-feira Lewandowski começou a falar o que todos já esperavam. Ele deixou aquele suspense de quase um dia porque estava ali preparada a grande defesa do José Dirceu.
Numa
prova de total desrespeito pela população brasileira, o “ministro” alegando
“falta de provas”, contra José Dirceu, deu o seu voto inocentando o “laranja”
do presidente Lula.
E,
naquela pose de “doutor sabe tudo” ele falou: “Tudo se baseia em ouvir dizer,
ilações. Não há prova obtida a partir das quebras de sigilo bancário,
telefônico e de e-mails dos réus”. Será que o ministro não sabe que esses "bandidos" não são "pé de chinelo"? Então ele esperava que as negociações de milhões e milhões de reais seriam negociados por telefone, por e´mail e o dinheiro iria cair em contas bancarias aqui no Brasil? É um brincalhão esse Ricardo Lewandowski.
Pois foi
assim que o Ricardo Lewandowski terminou sua explanação para justificar o seu
ignóbil voto. E isso ficou bem claro e para a ministra Rosa Weber, que falou existirem provas
gritantes. Então Rosa Weber falou: “O conjunto probatório aponta para um conluio à corrupção
de deputados com vistas à obtenção de apoio político”.
Pois
eu junto a essa colocação da ministra Rosa Weber mais um tópico para que todos
pensem: “Será que esse conluio não engloba o ministro Ricardo Lewandowski?”.
É bom pensar.
2 comentários:
Esse Lewandowski é o advogado de defesa da quadrilha chefiada pelo Lula. Não é a toa que o Lula tem tanto carinho com alguns advogados que são ministros, desembargadores e juízes.
Ele sabe se cercar.
Brasília
Para onde você vira, lá está um esperto. Não existe classe nem nível de instrução, em todas as camadas eles estão.
É índole e não tem mais jeito.
E o eleitor continua mostrando que não está nem aí para a seleção de candidatos.
Se é bandido então, eles votam com mais vontade.
Salvador
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