sexta-feira, 26 de outubro de 2012


'Fim de semana de 4 dias'

Gerson Tavares






Todo mundo sabe que os deputados federais e os senadores não gostam nem um pouco de Brasília. Então, tanto o deputado como o senador chega a capital federal já em plena terça e sai na quinta-feira sem dizer adeus. Dizem alguns que aquela cidade que tem como maior atração nos dias de hoje o Supremo Tribunal Federal tem  cheiro de cadeia.

Mas quando eles ficavam de terça a quinta-feira brincando de trabalhar, tudo era sempre feito à revelia, sem o menor respeito pelo povo. Foi  assim que os “senhores deputados” resolveram que fazer com que aquela gazeta virasse oficial. Na semana passada os deputados federais aprovaram a semana de tês dias. 

Tudo que era ilegal, passa a ser legal agora, pois um projeto de resolução tornou oficial a "falta" dos deputados as segundas e sextas-feiras. Com isso, as sessões ordinárias, que são aquelas em que há votação de projetos de lei, por exemplo, apenas serão realizadas entre terça e quinta-feira.

Ficou então oficializado que os safardanas “trabalharão" três dias por semana e por quatro dias estarão gozando de merecido descanso. Só que esta notícia irritou tremendamente os internautas. E então começaram os recadinhos: "A gente aprende desde cedo que gazetar é feio e prejudicial e agora a Câmara Federal torna a prática oficial... para eles, os deputados!", postou um revoltado no Twitter. Claro que a votação do projeto foi simbólica, o que quer dizer que os deputados não se manifestaram individualmente.

Claro que ninguém e macho suficiente para colocar a sua cara de frente nessa afronta ao povo brasileiro, mas desde já, se nenhum deputado ou outro político se manifestar contra esse “crime”, todos serão culpados de mais um rombo no cofre do povo.

E esse crime é digno de pena de morte.

2 comentários:

Flora Peixoto de Castro disse...

Mas na verdade, um, dois, três ou cinco dias de trabalho não importa. O perigo é que eles têm sete dias por semana para roubarem o povo.
Eles sempre trabalharam dois dias por semana, dias esses que são o de viagem de ida e o de volta para suas casas. O resto é só pensar como meter a mão no dinheiro do povo.
E ainda tem gente que acredita nessa quadrilha.
Anchieta - Rio de Janeiro

Nicodemus Assen disse...

Infelizmente o eleitor não lê essas notícias. Se a cada notícia sobre político que deu golpe na carteira do povo, o eleitor riscasse o seu nome do caderninho, isso já teria acabado a muito tempo.
Mas o eleitor não está nem aí para a desgraça que o país está curtindo nesses últimos anos.
São Paulo