Dilma
está preocupada com o futuro
Gerson
Tavares
Sempre
ouvi falar que “o futuro a Deus pertence” e desta vez a Dilma está sentindo na
pele o velho ditado popular. Depois de passar por sete anos sendo investigado,
o “ex tudo”, José Dirceu está diante da realidade que ele mesmo construiu.
Quando
falo “ex tudo” tem uma razão muito grande, porque afinal, Dirceu é um
ex-guerrilheiro, assim como a Dilma Rousseff, ele é um ex-ministro do Lula, um ex
deputado, que foi cassado por causa do maior escândalo acontecido no governo
brasileiro até hoje, e ainda sei lá mais o que ele é ex. E ontem todos sabiam
que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu estava tendo o último capitulo de sua
biografia, escrito pelo Supremo Tribunal Federal.
Logo
ele que foi o homem forte do primeiro mandato do governo Lula, chegando até a
assumir a culpa de cabeça pensante de um dos crimes mais escandalosos da nossa
República, nunca pensou que um dia iria passar por tudo isso, ele não esperava que um dia fosse sentar no banco dos réus
lá do Supremo Tribunal Federal. Mas isso aconteceu e teve na terça-feira o seu
dia de definição quando foi condenado, mesmo com os votos contra daqueles ministros
da “panelinha” que tinham obrigação de votar pela absolvição.
Mas
Dilma Rousseff sabe da importância de manter o seu governo fora dessa, embora
ela fosse parte integrante da cúpula daquele governo Lula e até para “tapar o
sol com a peneira”, assumiu o lugar de Dirceu na Casa Civil. E foi então que
ela resolveu fazer de um tudo para blindar o seu governo contra qualquer
efeito da condenação daquele ex-ministro e dos ex-dirigentes do PT, José Genoino
e Delúbio Soares.
Nos
dias que antecederam a deliberação de culpa ou não dos membros do partido do
governo, era uma orientação que estava sendo sempre repetida lá pelas bandas do
Palácio do Planalto, que todos teriam que respeitar o veredicto do tribunal,
evitando quaisquer manifestações políticas públicas contra o resultado, fosse
ele qual fosse, e trabalhar e tocar as medidas do governo normalmente, sem
qualquer alteração, como se nada houvesse acontecido.
Essa
instrução já tinha sido transmitida por Dilma a todos os seus auxiliares desde
o início do julgamento, lá atrás, em 2 de agosto. Muito na calada, ela deu uma
ordem para ninguém provocar marolas e assim evitar que efeitos negativos do
processo contaminassem o governo e prejudicassem sua imagem. Todos sabem que
marola em tanque cheio de merda, se passar do queixo, “neguinho engole”. Por tanto, essa instrução continua de pé.
Foi
por causa dessa ordem que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gilberto Carvalho, na semana passada, afirmou que "a dor que sentia"
o impedia de comentar a possível condenação de seus colegas de partido. Só que
até agora ninguém sabe e nem pergunta que dor ele sentia.
E
assim Dilma vai “empurrando com a barriga” esse problema tão vizinho do seu
governo, mas eu que não estou nem aí para o perigo, amanhã volto ao assunto.
Ele
não acaba por aqui.
Um comentário:
Quem se mistura aos porcos, farelo come.
São Paulo
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