Cotas,
apenas cotas e nada mais
Gerson
Tavares
Estamos
vivendo um momento neste "Brasil de Meu Deus", que quando não temos solução para
resolver um problema, apelamos para a “Lei das Cotas”, essa famosa lei que
inventaram para “tapar o sol com a peneira”.
E
foi a presidenta Dilma Rousseff que falou na segunda-feira passada, por tanto há
uma semana, que o decreto que determina a reserva de metade das vagas de
universidades e institutos federais para alunos de escolas públicas, negros e
índios contribui para saldar uma dívida histórica do Brasil com os jovens
pobres. A regulamentação da chamada Lei de Cotas foi publicada na edição daquela
segunda-feira do Diário Oficial da União.
E
Dilma resolveu que esse é o momento para tirar partido daquilo que poderá
ajudar aos seus candidatos às prefeituras espalhadas pelo País que estarão com
suas eleições indo para o segundo turno nesse próximo domingo.
Então
ela falou: “Nosso objetivo, com essa lei, é ampliar o acesso às nossas
universidades e aos nossos institutos federais para os jovens das escolas
públicas, para os negros e para os índios. Essas universidades e os institutos
estão entre os melhores do país e, muitas vezes, as pessoas vindas das escolas
públicas têm dificuldade de ter acesso à universidade pública”. Mas esqueceu de
falar a “dona” Dilma, que a maior dificuldade daqueles alunos, não está no fato de ser aluno de escola pública, na cor
da pele ou na sua etnia e sim no franco ensino que é ministrado nas escolas que o governo reservou para eles. Então seria hora de olhar para “as escolas públicas” com mais interesse, seja ela para negro, indígena ou lá o que seja.
E
foi dentro do programa semanal “Café com a Presidenta” que ela destacou que as
universidades e os institutos federais terão quatro anos para implantar a Lei
de Cotas de forma integral, mas que os processos seletivos para matrículas em
2013, ano em que o governo petista já precisa oferecer uma reserva de vagas de 12,5%. E mais uma vez abro parênteses
para as palavras da presidente, e não, para a “presidenta”: “É bom ressaltar
que a lei vale para todos os cursos, inclusive, aos mais procurados, como
medicina e engenharia, por exemplo”.
Pois
é aí que mora o perigo. Imaginem que esses alunos das escolas públicas que vão
sendo aprovados, ano após ano, sem o conhecimento necessário para aprovação e
chegam à faculdade sem uma prova de avaliação dos seus conhecimentos. Pois
esses mesmos alunos vão acabar se formando sem estarem preparados para exercerem
suas profissões. Afinal, se ele chegou até ali sem preparo, não vai ser ali que
o mestre vai ser louco de não aprová-lo. No primeiro erro daquele médico, vai
ser pela pobreza, pela cor ou pela etnia que ele será “julgado”.
Mas
Dilma não está nem aí para o problema e então lembrou que o "Programa
Universidade para Todos", o ProUni, é outra possibilidade de acesso às
universidades federais, pois oferece bolsas de estudo parciais e integrais a
pessoas de baixa renda. E Dilma falou que aquele que não for aprovado no
ProUni, pode recorrer ao Programa de Financiamento Estudantil, o Fies, que
financia as mensalidades de faculdades particulares.
Ainda
segundo Dilma, atualmente 570 mil estudantes fazem cursos universitários em
todo o país com o apoio do Fies, que também exige boas notas no Enem. E então
tratou de dar um bom conselho: “Quero dar um conselho para os quase seis
milhões de jovens que vão fazer as provas do Enem agora em novembro: que vocês
peguem firme (sic) e estudem bastante, porque o Enem pode mudar a vida de vocês”.
Afinal
Dilma, já é hora de você se definir... Eles devem estudar ou esperar as vagas por cotas cair do céu?
2 comentários:
Quando o governo descobriu essa 'negócio' de cotas, viu aí a solução para o problema de não ter condição de salvar a Educação. Enquanto a cota resolver o problema, ninguém precisa de boa escola e a Educação Pública vai ficando cada dia pior.
Mas não podemos esquecer que o PT cresceu com um cara que chegou a presidente quase que analfabeto.
Ensino para que se Lula não estudou. E assim vamos formando 'burros' que poderão também galgar a presidência um dia.
Belo Horizonte
Essas cotas são verdadeiros absurdos. Mas o que fazer se as cotas rendem votos?
O governo sabe que essas cotas, somadas as bolsas, no final de cada ano par rende um bom número de votos.
E Lula não quer perder 2014, então Dilma tratou de montar esse esquema.
Brasília
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