quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Exército nas Ruas

Gerson Tavares




Há muitos anos atrás, antes mesmo do governo militar, existiam duas datas que levavam às ruas as tropas do Exército. No fundo hoje seriam datas bem parecidas, afinal as tropas do Exército tomavam conta das ruas durante os dias de carnaval e no dia das eleições. Por tanto, hoje seria uma coisa só, já que estamos vivendo dias de pré-carnaval, de um lado o bloco de piratas, que são esses candidatos e do outro o nosso bloco, de palhaços, os eleitores.

Mas esquecendo um pouco o carnaval, vamos falar do dia 3 de outubro daquela época, quando o Exército brasileiro ia para as ruas para garantir as eleições. Naquela época, eleição não caia num domingo e sim, sempre no dia 3 de outubro.

Pois este ano o Tribunal Superior Eleitoral e o Ministério da Defesa decidiram pelo envio de tropas do Exército para municípios do Rio de Janeiro antes das eleições municipais, que acontecerão no domingo, 7 de outubro. No passado o reforço federal era feito só no dia do pleito, mas de acordo com o próprio tribunal, este ano o caso do Rio é exceção e a medida visa garantir a realização de comícios em determinadas cidades do Estado e por isso tudo, o brioso Exército Brasileiro já está nas ruas desde a segunda-feira.

"Tanto o TRE/RJ quanto o TSE querem que as pessoas possam, livremente, se expressar, quer os candidatos quer os eleitores, garantindo-se a liberdade democrática que vivemos no Brasil". Assim falou a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, após reunião com o ministro da Defesa, Celso Amorim.

Celso Amorim disse que ficou acertado o esquema de segurança para o dia das eleições e para os últimos dias de campanha. E ele explicou como será o esquema desse modo: "Uma presença ostensiva em lugares específicos em que isso é necessário para garantir que haja comícios com liberdade para os candidatos se apresentarem e para os eleitores ouvirem".

E como não é só o Rio de Janeiro que está vivendo essa desordem, até o dia 26 de setembro o TSE já havia aprovado o envio de tropas federais para 103 cidades brasileiras, em oito Estados.

O restante das cidades brasileiras se manteve tranquilas, mas é ai que vem aquela dúvida: Será que a tranquilidade não foi só para enganar?

2 comentários:

Norma Ventura Chagas disse...

Com exército ou sem exército nas ruas, a campanha está sendo de uma falta de respeito fora do comum. Aqui em Nova Iguaçu não dá para andar nas ruas com tanta gente querendo dar a propaganda para que você vote naquele candidato que você nem sabe quem é e porque está ali, como candidato. São pessoas que por tudo que fala naquele pedaço de papel, você sente que é um oportunista. Isso eu digo de 100 entre 100 candidatos. Mas também fico muito triste quando vejo pessoas pegarem aquele pedaço de papel, amassar e jogar no chão, o que prova que político é somente o espelho do povo.
Dá até medo de passar de carro pela Via Light, porque os motoristas estão tendo a visão atrapalhada por tantas tabuletas que espalharam pelo canteiro central da avenida.
Um desrespeito com a população.
Nova Iguaçu - RJ

Claumir Fragoso disse...

Eu sei que essa turma que tem ódio de =militar, nessa hora apela para a força daquele que se faz respeitar.
Como seria bom se a Dilma entendesse que militar é respeito. Nessa hora ela apela, mas tira onda falando que 'ela é a verdade'.
Tá bom!
Belo Horizonte