segunda-feira, 19 de dezembro de 2011


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Demissões: o presente de Natal na Record





A emissora de Deus dá presente de Natal aos seus profissionais


A Rede Record de Rádio e Televisão esta demitindo funcionários com a desculpa que precisa enxugar a folha. Só que em função dos cortes, a empresa vem obrigando jornalistas a dar plantão de 12 horas.

A emissora demitiu, até quinta-feira passada cerca de dez jornalistas de sua redação aqui do Rio de Janeiro. E isso acontece às vésperas do Natal e cai como um presente de "Papai Edir" para a família. Com isso o clima de insegurança entre os profissionais da emissora só aumentou nos últimos dias. Mas nem só a área de jornalismo está passando pelo terror, já que outros setores, como transporte e administrativo, também receberam cortes.

Na sexta-feira, jornalistas que permanecem na empresa ainda haviam recebido a notícia de que terão que trabalhar em plantão de 12 horas neste final de ano. Só que, por lei, o máximo permitido em regime de hora extra é de dez horas.

Embora o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ) tenha entrado em contato na quinta-feira e na sexta-feira com a emissora, ainda está aguardando mudança na decisão da Record no que diz respeito à carga horária de 12 horas. Caso não seja satisfatória a resposta da emissora, o Departamento Jurídico do Sindicato fará denúncia no Ministério Público do Trabalho.

As demissões de final de ano vêm sendo feitas aos poucos para tentar evitar a tensão entre os funcionários. Pelas notícias que estão circulando pela “rádio corredor”, os cortes poderão chegar à casa de 30 funcionários na lista de descarte.

Esta medida da Rede Record só está repetindo as práticas da Folha, do Estadão e da Editora Globo, que aconteceram durante o mês de novembro e início de dezembro deste ano.

Cortas vagas é a prática que os patrões usam para garantir maiores lucros no ano que vem chegando. Só que para isso acontecer, o reflexo, além de uma grande leva de profissionais da comunicação desempregados, é a queda na qualidade do jornalismo, já que aqueles que permanecem ficam ainda mais sobrecarregados.

Segundo o Sindicato dos Jornalistas, que acompanha de perto a situação, além de estar de olho para que a empresa não deixe de pagar integralmente os direitos trabalhistas dos profissionais demitidos, através do seu diretor Rogério Marques deixou claro: “A empresa não enfrenta problemas financeiros, e demitir às vésperas do Natal demonstra a falta de sensibilidade social desses empresários”.

É isso ai. A sensibilidade dos patrões de empresas de comunicações já não existe mais. Pobre do profissional que não tem escolha e acaba trabalhando para esses “picaretas”.

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