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Fizeram pouco da força

Gerson Tavares

Muitas vezes as pessoas quebram a cara porque querem. É mais ou menos assim que eu vejo essa “quadrilha” petista, que para eleger a Dilma Rousseff a sucessora do Lula no Planalto, foi se aliando a tudo e a todos. Qualquer voto que estivesse tipo “pipa voada”, eles corriam atrás e para conseguir o sucesso, prometiam o mundo.

Com tantas vantagens foi fácil ter uma “frente aliada” que juntou uns dez ou doze partidos, poucos grandes, mas a grande maioria dos nanicos. Era partido que mais parecia clube de esquina. Onde estavam reunidos duas ou mais pessoas, era formado um partido aliado para ajudar a Dilma a se eleger.

Dilma eleita é chegada a hora da divisão do bolo. O PT, com sua patuléia, achava que iria manobrar com os cargos e que só a “sobrinha” iria deixar para os outros “agregados”. Mas foi aí que a “quadrilha” se deu mal. Fernando Ferro e Cândido Vaccarezza, líderes do PT e do governo, perderam o rumo na terça-feira passada quando em uma reunião com os governadores, sentiram que o “buraco é mais embaixo”. O assunto era para tratar da pauta da Câmara, mas de imediato os líderes do PR, do PTB, do PP e do PSC avisaram que quem falaria por eles, seria o líder do “blocão”, o deputado do PMDB do Rio Grande do Norte, Henrique Alves.

Desde que alguém falou que um “blocão” estaria montado e a liderança era do PMDB, o PT duvidou, mas naquele momento, tremeu nas bases. Após a reunião, depois daquela “saia justa”, Henrique Alves tentou amenizar o problema falando que “todos irão atuar juntos na ação parlamentar, mas não há nenhuma atitude de enfrentamento ao PT”. E terminou sua explanação falando: “Queremos buscar saídas políticas comuns”.

Mas que o ”blocão” existe, temos certeza que existe e não há dúvida nenhuma que o PMDB vai continuar dando as cartas. A não ser que a Dilma de o golpe que ela tem na cabeça.